sábado, 31 de dezembro de 2011

A você, Feliz 2012!!!

Bom.. o que dizer quando chega o último dia do ano?
Geralmente é um dia que ficamos pensando em tudo o que aconteceu durante todo o ano, como também, em novas metas para serem alcançadas e realizadas no ano seguinte...


Se é para agradecer, porque não começar agradecendo aquele que me deu a vida e a tem sustentado até hoje???
O meu Deus, Deus da minha salvação, aquele que me amou primeiro, que me deu uma família abençoada, que tem colocado pessoas maravilhosas em meu caminho, que sempre me socorreu no momento de aflição, mostrando que está comigo a cada segundo de minha vida. 


Muito Obrigado meu Deus, porque mesmo quando eu não soube reconhecer o valor e o amor que tens por mim, tu nunca deixaste de me amar e sei que NUNCA DEIXARÁS!


2011 foi com certeza o ano que me fez acordar para a vida, para a minha vida... 
E entender que a gente pode e deve ser feliz ... 
Que obstáculos sempre teremos, eu particularmente tive muitos esse ano...
Que partidas fazem parte da vida, também perdi algumas pessoas importantes para Deus em 2011... =/


Assim como as chegadas. Nossa, as chegadas!!! Me alegro ao lembrar o quanto Deus foi bom comigo, me presenteando com amigos(as), amigos estes que fazem de pequenos instantes, grandes momentos. Com certeza guardo em minha memória o sorriso de cada um de vocês, mesmo quando são dados para fazer alguém feliz ou simplesmente para não preocupá-las. A você que lê este texto agora, os mais antigos, os mais recentes, a minha eterna gratidão, por estes momentos. Conversas, brigas, desabafos, e sorrisos... muitos sorrisos!


Entendi também, que vamos cair inumeras vezes, mais com certeza teremos força, buscaremos forças, la no fundinho da nossa alma, para alcançar aquilo tudo que um dia almejamos!!! 


Aos meus líderes, que posso chamar de pai, irmãos, amigos. Como também aqueles que já foram liderados por mim, levarei vocês por toda vida. Obrigado por tudo mesmo, que carinho maravilho recebi de vocês meus amigos!


O que eu quero levar de 2011? As lembranças, os aprendizados e com certeza, VOCÊ!


O que eu espero de 2012?  Dele eu não espero nada, mais espero das pessoas .... para fazer o meu, o seu, o nosso novo ano diferente!!!






terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Jesus tem a Ultima Palavra para:


1-      Desapontados (Lucas 5.1-11)

Certo dia Jesus estava na praia do lago de Genesaré. Havia muita gente se apertando em volta dele para ouvir a palavra de Deus.
          Jesus viu dois barcos no lago, perto da praia. Os pescadores tinham saído deles, e estavam lavando as redes. Jesus entrou num dos barcos, que era de Simão, e pediu que ele afastasse um pouco o barco da praia. Então Jesus sentou-se no barco, e começou a ensinar o povo.  Quando ele acabou de falar, disse a Simão:  
       - Leve o barco para mais longe da praia, onde o lago é mais fundo. Depois você e seus companheiros joguem as redes para pescar. Simão respondeu:
         - Mestre, nós trabalhamos a noite toda e não pescamos nada. Mas já que o Senhor está mandando, eu vou jogar as redes.
          E pegaram tanto peixe que as redes estavam quase se arrebentando. Por isso fizeram sinal para os companheiros que estavam no outro barco, para que fossem ajudá-los. Eles foram, e encheram os dois barcos com tanto peixe que os barcos quase afundaram.

Se você prestar a atenção em um pequeno detalhe deste texto vai ver que Pedro, no versículo 5, não tinha muita vontade de voltar, talvez sua fé estivesse meio abalada. Como se ele estivesse falando: “ Olha, eu acho que não vai dar em nada não... afinal acabei de voltar da pesca e não consegui pescar nada.”.
A diferença é que ele se mostrou obediente a ordem de Jesus, houve ali um princípio valiosíssimo de submissão. Então ele disse: “Mas debaixo da sua palavra”, em outras palavras “em obediência a você Jesus, vou lançar a rede.”
Jesus tem a ultima palavra para os desapontados.

2-      Desesperados (Marcos 5:21 a 24 e 35, 36).

Jairo e sua mulher estavam muito tristes, pois sua filha única de doze anos estava gravemente enferma. Os médicos tinham feito o que podiam, e já não davam esperanças.
Já desesperados, ouviram a notícia de que Jesus acabava de entrar em Cafarnaum.

Pobre Jairo, enquanto pôde, resistiu; enquanto as forças conseguiram, rejeitou. Mas no momento em que sua filhinha começou a entrar em coma, ele não aguentou mais e deixou de lado o seu orgulho, seu poder, sua fama e sua cultura. Sua filha estava morrendo. Não podia mais ficar na insensibilidade; tinha que entregar-se; tinha que render-se; tinha que se humilhar aos pés do único capaz de resolver os problemas humanos. O texto bíblico diz: "E rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha está moribunda, rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos para que sare, e viva" (Marcos 5:23).

Medite comigo na atitude de Jairo. Ele caiu aos pés de Jesus, e não disse:

-Senhor, minha filhinha está morrendo. Por favor, ajuda-me. Tu que és Deus sabes o que é melhor para mim. Aqui estou rendido aos Teus pés. Esta seria a atitude correta de um cristão. Mas Jairo caiu de joelhos diante de Jesus e tentou dizer a Ele como é que deveria agir. Ele disse isso, através de atos e não de palavras:

- Senhor, preciso da Tua ajuda. Mas, como sou líder, sei como é que as coisas devem ser. Você agora vai se levantar, vai vir comigo, entrará no quarto da minha filha, colocará a mão sobre a cabeçinha dela e minha filha será curada.
Você viu? Um líder humano habituado a liderar todo mundo, queria liderar até Jesus.
Por que somos assim? Pedimos ajuda de Deus, nos ajoelhamos diante dEle, mas queremos que Ele faça as coisas como nós queremos e não como Ele acha que é melhor.

Jesus podia olhar para Jairo e dizer:
- Vai embora daqui. Quem você acha que é? Só porque você se ajoelhou pensa que pode mandar em mim?

Só que Jesus não faz isso. Jesus tentou ajudar a Jairo e vai tentar ajudar-nos também. Mas olhe a maneira como Ele faz as coisas: foi com Jairo, sem discutir. Imagino que Jairo estava com pressa. Quando saiu da casa sua filhinha tinha entrado em coma. Mas Jesus parecia não ter pressa. Enquanto andava, atendia as necessidades dos que encontrava em seu caminho. Jairo não podia entender e começava a ficar desesperado:

- Senhor, Tu não entendes meu problema, todas essas pessoas podem esperar, mas a minha filha está morrendo.

Você acha que Jesus não entendia o problema de Jairo? Claro que entendia. Não há nada que você possa ter em sua vida que Jesus não compreenda. Não há nenhum problema que você possa estar vivendo que Jesus não conheça. Quando Ele demora a responder sua oração, é porque Ele está querendo ensinar alguma outra lição. Jairo tinha que aprender que o homem não pode dirigir a Deus. Tinha que aprender que o homem tem que colocar sua vida nas mãos de Deus, e ser dirigido por Ele. Foi por isso que Jesus demorou e enquanto isso a filha de Jairo morreu.

Então chegaram os servos da casa de Jairo dizendo:

- Jairo não molestes mais o Mestre, a tua filha já morreu.

Foi aí que Jairo se entregou. Aquele homem que estava querendo dirigir a Deus; que estava querendo dizer a Deus como é que as coisas tinham que ser; aquele homem orgulhoso que não estava disposto a seguir humildemente o que a palavra de Deus diz, quando lhe disseram que a filha morreu, aquele homem se entregou, se rendeu, se abandonou. E só então, quando ele parou de querer mandar, Jesus se aproximou dele e disse:

- Jairo, vamos para casa.

E eu imagino que Jairo com lágrimas nos olhos disse:

- Senhor Jesus, agora não, não preciso mais de ti. Quando eu te pedi, Tu não quiseste ouvir a minha voz, agora não, agora não quero mais. Minha filha já morreu.

E Jesus hoje talvez diria:
- Filho, agora é que eu posso fazer alguma coisa por você. Enquanto você estava abrindo a Minha Palavra e querendo corrigi-la, Eu não podia fazer nada por você. Mas agora que você abre a Bíblia e é suficientemente humilde para seguir o que está escrito, agora sim, posso fazer algo por você.

Veja meu amigo, até aquele momento era Jairo que estava tomando Jesus pela mão e querendo levá-lo. A partir desse momento foi Jesus que tomou Jairo pela mão, e o levou por onde Jesus quis.
Jesus tem a última palavra para os desesperados.

3-      Desenganados:  (Marcos 5:27-28).

Quando ela soube que Jesus curava e fazia muitos milagres, seu coração se encheu da certeza de que esta seria a sua chance de cura.
A multidão que seguia Jesus era muito grande mas a sua vontade de ficar boa era muito maior. Não importava quantas pessoas ela teria que enfrentar, o importante era que ela tivesse, pelo menos, a chance de tocar nas vestes dEle.

Hoje, com o avanço da medicina, este seu problema, certamente, seria resolvido, pois ela poderia estar com um tumor fibroso, ou com alguma infecção ou problema hormonal mas, naquela época, muitos médicos trataram dela em vão. Podemos ler, no evangelho de Marcos 5:26a, que ela "... havia padecido muito com muitos médicos" e além de tudo, ela havia "despendido tudo quanto tinha" (Marcos 5:26b).

Ela era uma mulher como qualquer outra, sujeita a doenças e pronta a gastar e despender tudo com qualquer coisa necessária para obter a cura.

. Muitas vezes, nos tornamos fracos, desencorajados porque procuramos resolver tudo com nossas próprias forças.
. Muitas vezes, perdemos a esperança porque não entregamos tudo nas mãos de Deus.
. Muitas vezes, nos esquecemos de que o nosso Pai Celestial é o médico dos médicos e o Deus dos impossíveis. Ele pode curar as nossas enfermidades quando Ele quiser sem ter que marcarmos dia, nem hora.

O plano para a sua vida já estava traçado. Jesus sabia tudo que estava para acontecer e, de repente, Ele sentiu que ela O tocou. Mas, certamente, para tornar público aquele ato de fé e de coragem, Ele disse: "Quem me tocou?" (Marcos 5:30b). Ela, num ato de medo ou reconhecimento, caiu a Seus pés e contou-Lhe sobre os doze anos de sofrimento por causa de uma hemorragia, sua separação dos seus entes queridos e também o dinheiro que gastou com médicos. Foram doze anos de solidão e tremenda aflição. Ela sabia que não deveria tocar em ninguém mas, pela fé ela arriscou ser censurada pelo rabino e por todas aquelas pessoas que seguiam Jesus tocando em Suas vestes.
Ele, ternamente, falou com ela. Não a censurou, não a chamou de pecadora mas de filha. Jesus disse-lhe palavras doces que a deixaram feliz ... E finalmente disse "Filha, a tua fé te salvou" (Marcos 5:34).
Como você se sentiria se ouvisse Jesus lhe chamar de filha ou filho? e ainda lhe dizer que você estava salvo(a)?
Amados, três coisas importantes aconteceram na vida desta mulher depois que o Senhor proferiu estas palavras ...

1) Ela foi curada de uma hemorragia que a separava de seus entes queridos e amigos.
2) Ela foi chamada de filha por Jesus, o próprio Deus que a criou.
3) Ela foi salva não apenas pela fé que ela depositou em Jesus mas, principalmente, por Seu grande amor por ela, morrendo na cruz do Calvário no seu lugar

Quantas bênçãos ela recebeu em sua vida , de uma só vez! Agora, ela estava curada, tornou-se uma filha de Deus e foi salva para todo o sempre. Foi necessário, somente, um toque amoroso de suas mãos nas vestes de Jesus.
O nosso Salvador é Aquele que está sempre conosco nas horas difíceis da nossa vida.
Jesus não cura todos os doentes e sim todas as enfermidades.
Jesus tem a última palavra para os desenganados.

4-      Atormentados  (Marcos 09.17-29)

“E um da multidão, respondendo, disse: Mestre, trouxe-te o meu filho, que tem um espírito mudo; E este, onde quer que o apanha, despedaça-o, e ele espuma, e range os dentes, e vai definhando; e eu disse aos teus discípulos que o expulsassem, e não puderam. E ele, respondendo-lhes, disse: Ó geração incrédula! até quando estarei convosco? até quando vos sofrerei ainda? Trazei-mo. E trouxeram-lho; e quando ele o viu, logo o espírito o agitou com violência, e, caindo o endemoninhado por terra, revolvia-se, escumando. E perguntou ao pai dele: Quanto tempo há que lhe sucede isto? E ele disse-lhe: Desde a infância. E muitas vezes o tem lançado no fogo, e na água, para o destruir; mas, se tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós, e ajuda-nos. E Jesus disse-lhe: Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê. E logo o pai do menino, clamando, com lágrimas, disse: Eu creio, Senhor! ajuda a minha incredulidade. E Jesus, vendo que a multidão concorria, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe: Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai dele, e não entres mais nele.
E ele, clamando, e agitando-o com violência, saiu; e ficou o menino como morto, de tal maneira que muitos diziam que estava morto. Mas Jesus, tomando-o pela mão, o ergueu, e ele se levantou. E, quando entrou em casa, os seus discípulos lhe perguntaram à parte: Por que o não pudemos nós expulsar? E disse-lhes: Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum.”


Vemos nesta passagem a cura de um jovem lunático. Esta cura foi uma cura diferenciada, porque o espírito maligno que tomava conta daquele jovem agia de duas formas para que ele não experimentasse uma cura:

- Deixando-o mudo: Porque satanás sabe que a cura se processa pelo poder da palavra, desta forma ele não tinha como clamar por aquela cura.

- Deixando-o surdo: Para que o jovem não fosse alcançado pela Palavra que cura, liberta e transforma.

Da mesma forma o diabo age nos dias de hoje colocando as pessoas doentes como mudas e surdas para poder manipular as suas vidas.
Hoje seremos curados para não sermos mais uma massa de manobra nas mãos de satanás, mas para nos movermos debaixo do mover de Deus através do Espírito Santo.
Os discípulos não puderam curar aquele jovem porque eram uma geração incrédula, que significa a geração presencia os milagres, porém não os realiza, os religiosos são assim. 

O religioso crê que pode viver milagres, porém não acredita que pode realizar milagres.

Vivemos porque sempre temos um milagre para viver porque para cada manhã há um milagre de Deus, um objetivo espiritual para cumprir e porque sabemos que a nossa vida não acaba hoje.

Quando vivemos sabemos que a enfermidade e que nenhuma situação é definitiva.

Vivemos porque sabemos:

- O que somos
- O que podemos em Cristo Jesus
- O que está preparado para nós.
Jesus não só repreendeu aquele espírito imundo como libertou aquele jovem para sempre.
Jesus tem a ultima palavra para os atormentados.

5-      Perdidos (João 08. 1-11)

"Os escribas e fariseus trouxeram à sua presença uma mulher surpreendida em adultério, fazendo-a ficar de pé no meio de todos e disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes? Mas Jesus, inclinando-se escrevia na terra com o dedo. Como insistissem na pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra. E tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até os últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava. Erguendo-se Jesus e não vendo ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: mulher, onde estão teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela, ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus, nem Eu tampouco te condeno; vá e não peques mais".

Meus amigos, neste episódio, bastante conhecido dos leitores da Bíblia, no ministério terreno de Jesus, encontramos um quadro que evidencia a diferença entre a "religião" dos homens e o Verdadeiro Evangelho do Mestre. Nesta passagem bíblica, percebemos a pseudo-religião dos escribas e fariseus, mais vinculados aos aspectos formais da lei mosaica do que ao verdadeiro sentido do cristianismo na sua pureza de origem. Nos termos da religião mosaica, aquela mulher, apanhada em adultério, não encontraria nenhuma porta de escape, devia mesmo ser apedrejada até à morte. Vê-se, assim, que perante a dura e inflexível lei mosaica, o interesse pelas regras e leis, por certo, estava acima do valor da vida humana. Também, meus amigos, esta passagem bíblica oferece-nos uma outra hermenêutica: os escribas e fariseus usaram aquela mulher, expondo-a perante a multidão, simplesmente, para a consecução de seus maquiavélicos propósitos, os quais eram conseguir apanhar Jesus em qualquer contradição dos seus legítimos ensinamentos. Podemos, então, perceber que a "religião" dos escribas e fariseus, no seu formalismo primitivo, era levar o homem a exercer o "juízo" e não a Misericórdia. Ignoravam que a Verdadeira Religião tem que ter as suas raízes estreitamente ligadas ao Amor e ao Perdão que não deixa de ser pedestal do Amor.
Jesus, sabiamente, colocou os acusadores daquela mulher adúltera em um beco sem saída, dizendo-lhes:

"aquele dentre vós que estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra."

Então, meus amigos, aqueles acusadores, tocados no íntimo pelas palavras de Jesus, ao se verem confrontados, perceberam que eram tão pecadores quanto à pobre mulher adúltera. Através desta fulgurante passagem bíblica, aprendemos que não devemos atirar pedras nas nossas irmãs que sucumbiram nas voragens dos atos pecaminosos, porque, ainda, não somos perfeitos e nem temos autoridade moral para atirarmos pedras em quem quer que seja. Devemos, sim, ajudá-las a alcançar o equilíbrio, estendendo-lhes as nossas mãos para que elas possam caminhar à Luz da Boa Moral Evangélica. Não é atirando pedras que podemos tirar uma criatura que esteja dentro do buraco, mas dando-lhe nossas mãos, ajudando-a, para que ela possa sair de dentro buraco.
O Mestre deu-nos o exemplo através do Perdão, recomendando àquela mulher: "vá e não peques mais". Assim, deu à mulher adúltera a oportunidade de retomar o curso da vida, sob um novo prisma, não mais pecando, não mais cometendo aqueles mesmos deslizes morais. Vejam, meus amigos, como é grande a Misericórdia Divina. Através do Perdão, a Divina Providência sempre nos dá oportunidade para recomeçarmos os nossos trabalhos e retificarmos nossas vidas, reparando os males perpetrados e modelando nosso caráter para melhor.
Jesus tem a última palavra para os perdidos.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

UM NOVO DIA PARA JAIRO


"Por que, às vezes, as orações demoram a ser respondidas? Por que, em algumas circunstâncias da vida, Deus parece insensível às nossas necessidades? Existe algo que precisamos aprender por trás das longas horas de espera e da aparente indiferença de Deus?

"Tendo Jesus voltado no barco, para o outro lado, afluiu para Ele grande multidão; e Ele estava junto do mar. Eis que se chega a Ele um dos principais da sinagoga, por nome Jairo,e,vendo-o, prostra-se aos seus pés, e insistentemente lhe suplica: Minha filhinha está à morte; vem, impõe as mãos sobre ela, para que seja salva, e viverá. E Jesus foi com ele. Grande multidão o seguia,comprimindo-o... Falava ele ainda quando, chegaram alguns da casa do chefe da sinagoga, a quem disseram: Tua filha já morreu; por que ainda incomodas o Mestre? Mas Jesus, sem acudir a tais palavras, disse ao chefe da sinagoga: Não temas, crê somente" (Marcos 5:21 a 24 e 35, 36).





Esse texto apresenta Jairo, chefe da Sinagoga. Homem culto, poderoso e com muitos títulos universitários. Jairo era um profissional inteligente, famoso, admirado e rico.

Aparentemente tinha tudo que o homem precisa para ser feliz. Qualquer um que olhasse Jairo andando na rua, pensaria que ele era muito feliz. Roupas finas, carro do ano, uma casa no melhor bairro da cidade, um bom emprego, uma empresa próspera, uma boa família. respeito, consideração, nome. Jairo era o protótipo do homem de sucesso. Mas Jairo não era feliz. Havia algo que o incomodava e machucava seu coração.

Nossa sociedade nos ensinou a esconder nossos verdadeiros sentimentos. Podemos estar vivendo um drama terrível, mas não temos coragem de contá-lo a ninguém.

Outro dia, um irmão, ainda jovem, ao término do culto, me procurou e disse:

- Irmão Jordan, estou condenado à morte, carrego em meu sangue o vírus da AIDS; vou morrer e não tenho coragem de contar para ninguém; não falei sequer para a minha família.

E eu perguntei:

- Por que? Sua família vai apoiá-lo, vai ficar do seu lado.

E ele disse:

- Não, Jordan. Tenho medo que todo mundo me rejeite, tenho medo de ficar sozinho, de morrer abandonado, largado à sorte. Não tenho coragem de contar para ninguém.

Ah, meu amigo, esta sociedade cheia de preconceitos nos ensina a esconder nossos verdadeiros sentimentos.

Aqui, no Brasil, temos uma maneira interessante de nos cumprimentar. Saímos para a rua carregando nossos problemas e quando alguém nos pergunta:

- Tudo bem?

Respondemos sem pensar:

- Tudo bom!

Nada está bom. Estamos desempregados; nosso lar está caindo aos pedaços; nossa empresa está falindo; nosso filho está mergulhado na promiscuidade, nas drogas... Mas quando alguém nos pergunta:

- Tudo bem?

Levantamos a mão e respondemos:

- Tudo bom!

Se Jairo tivesse vivido no Brasil, e se lhe perguntássemos:

- Jairo, tudo bem?

Ele responderia:

- Tudo bom!

Mas ele tinha um problema terrível. Por trás das roupas finas, da aparência bonita, do nome poderoso, do dinheiro e da sua mansão, Jairo trazia um problema: uma filha enferma.

Como ele tinha dinheiro, ele havia procurado os melhores médicos, os melhores especialistas, os melhores hospitais; até que um dia um médico disse:

- Jairo, por favor, não gaste mais dinheiro. A sua filha não tem mais cura; está condenada à morte. Ela tem somente dois meses de vida.

Se hoje um médico viesse a mim e dissesse:

- Sua mãe está condenada à morte.

Eu ficaria muito triste, mas com certeza, me conformaria. Porque, afinal de contas, a minha mãe, com quase 100 anos, já viveu tudo que tinha direito de viver. Mas, supomos que eu tivesse um filho, ainda novo, e se esta noite um médico viesse, e me dissesse:

- Jordan, esse seu garoto bonito de 18 anos só viverá mais 2 meses.

Sinceramente não sei se aceitaria com a mesma resignação.

Você perdeu um filho que tinha apenas 15 anos? Perdeu a sua esposa? Perdeu seu marido? Você tem um ente querido à beira da morte? Um ente querido que está no hospital desenganado pela ciência médica? Então você talvez possa compreender como Jairo se sentia.

Meu amigo, eu não posso entender o seu problema. Por mais que eu me esforce em fazê-lo, não posso. Somente Deus pode entendê-lo.

O famoso chefe da sinagoga voltou triste para casa. Sua filha não tinha mais cura. Mas, naqueles dias Jesus andava por aquelas terras e Jairo ouviu dizer que leprosos, com a carne caindo aos pedaços, eram levados a Jesus e eram curados. Cegos eram levados a Jesus e eles enxergavam. Paralíticos, que tinham vivido a vida toda rastejando no chão, eram levados a Jesus e imediatamente começavam a andar. Prostitutas eram levadas a Jesus; Ele as olhava com amor, lhes restaurava e lhes devolvia a dignidade. Ladrões, marginais, eram levados a Jesus; Ele acreditava neles e os transformava.

Jairo, em seu coração começou a acalentar a esperança: "talvez Jesus consiga fazer alguma coisa por minha filha". Só que Jairo tinha um problema. Sabe qual era? Ele era culto, inteligente, rico, poderoso e famoso. Você pode dizer:

- Ah, mas isso não é problema.

Não deveria ser, mas infelizmente tudo isso às vezes torna-se um problema. Explico: Jairo precisava que Jesus operasse um milagre na vida de sua filha, mas não podia correr atrás de Jesus. Sabe por quê? Os que seguiam a Jesus eram prostitutas, marginais, ladrões, cegos, paralíticos, leprosos, bêbados, viciados, homossexuais, gente perdida, gente que não prestava, gente rejeitada pela sociedade, gente pobre, miserável, inculta, gente que só podia ter nesta vida um pouco de esperança. Eram esses os que corriam atrás de Jesus. Como ele, o grande Jairo, o doutor em teologia, o grande empresário, o líder político e religioso, famoso, cujo nome aparecia nas manchetes dos jornais, rico, inteligente, podia se juntar com a plebe, procurando ajuda?

Ah! meu amigo, esse também pode ser o problema de muita gente hoje. Tudo bem que pessoas simples procurem Jesus, mas um doutor em filosofia? Que a plebe siga a Jesus, tudo bem, mas como um homem rico e poderoso pode acreditar que Jesus seja capaz de fazer um milagre em sua vida? Esta é a tragédia do poder e do dinheiro.

Existem hoje homens vazios, que choram e sangram por dentro, mas não têm coragem de pedir ajuda. Ficam noites inteiras se virando na cama de um lado para outro sem dormir. Precisam de Jesus como qualquer pobre ser humano, mas temem o que os outros vão dizer.

Um dia, você e eu teremos que tirar a máscara de homens duros, que nunca choram, que nunca se emocionam, que só seguem a razão.

Você se considera um homem duro? "Não sinto nada", pode estar pensando, mas lá no fundo está sentindo; as lágrimas estão querendo cair de seus olhos, mas nossa sociedade nos ensinou a colocar uma máscara de dureza, de insensibilidade. Queremos mostrar que somos fortes para que ninguém nos machuque. Só que por dentro vivemos machucados. Precisamos de auxílio, de ajuda, de salvação, mas não temos coragem de pedir ajuda.

Pobre Jairo, enquanto pôde, resistiu; enquanto as forças conseguiram, rejeitou. Mas no momento em que sua filhinha começou a entrar em coma, ele não aguentou mais e deixou de lado o seu orgulho, seu poder, sua fama e sua cultura. Sua filha estava morrendo. Não podia mais ficar na insensibilidade; tinha que entregar-se; tinha que render-se; tinha que se humilhar aos pés do único capaz de resolver os problemas humanos. O texto bíblico diz: "E rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha está moribunda, rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos para que sare, e viva" (Marcos 5:23).

Você pode pensar: "Que grande momento para Jairo! Finalmente reconheceu que precisava da ajuda de Jesus". É verdade. Ele reconheceu que precisava da ajuda de Jesus, mas ainda tinha outro problema. Ele era chefe da Sinagoga e gostava de mandar em todo mundo; pensava que os líderes tinham que mandar.

Medite comigo na atitude de Jairo. Ele caiu aos pés de Jesus, e não disse:

-Senhor, minha filhinha está morrendo. Por favor, ajuda-me. Tu que és Deus sabes o que é melhor para mim. Aqui estou rendido aos Teus pés. Esta seria a atitude correta de um cristão. Mas Jairo caiu de joelhos diante de Jesus e tentou dizer a Ele como é que deveria agir. Ele disse isso, através de atos e não de palavras:

- Senhor, preciso da Tua ajuda. Mas, como sou líder, sei como é que as coisas devem ser. Você agora vai se levantar, vai vir comigo, entrará no quarto da minha filha, colocará a mão sobre a cabeçinha dela e minha filha será curada.

Você viu? Um líder humano habituado a liderar todo mundo, queria liderar até Jesus.

Nós também fazemos a mesma coisa hoje. Precisamos desesperadamente de Jesus mas não temos humildade suficiente para aceitar o plano dEle para nossa vida. Na Bíblia está escrito que devemos fazer tudo o que Jesus quer; mas veja o que fazemos: vamos às Sagradas Escrituras e dizemos assim: "Aqui diz branco, e realmente está escrito branco. Mas não é branco, é azul. Aqui diz vermelho, mas vermelho foi no velho testamento, hoje não é mais vermelho, é verde".

Você já pensou alguma vez por que com uma só Bíblia existem tantas igrejas? Quer saber por quê? Porque continuamos fazendo o que Jairo fez; nos ajoelhamos para abrir a Palavra de Deus, mas não queremos obedecê-la. Queremos dirigir a Deus. Não queremos dizer: "Senhor, leva-me por onde Tu sabes que é o melhor caminho para mim."Não fazemos isso. Agarramos a Bíblia, lemos o que está escrito e imediatamente queremos corrigir. "Sim, está escrito, mas não é assim não, é desta outra maneira. Está escrito, mas isso foi antigamente para Israel, hoje, para nós não é desse jeito". É por isso que cada dia aparecem novas igrejas. Nós, os seres humanos, não queremos obedecer o que está escrito. Mas, se a Bíblia diz que é de dia, então é de dia, não é de noite. Não é o que a igreja diz, não é o que o pastor diz. É o que está escrito na Bíblia.

Por que somos assim? Pedimos ajuda de Deus, nos ajoelhamos diante dEle, mas queremos que Ele faça as coisas como nós queremos e não como Ele acha que é melhor.

Jesus podia olhar para Jairo e dizer:

- Vai embora daqui. Quem você acha que é? Só porque você se ajoelhou pensa que pode mandar em mim?

Só que Jesus não faz isso. Jesus tentou ajudar a Jairo e vai tentar ajudar-nos também. Mas olhe a maneira como Ele faz as coisas: foi com Jairo, sem discutir. Imagino que Jairo estava com pressa. Quando saiu da casa sua filhinha tinha entrado em coma. Mas Jesus parecia não ter pressa. Enquanto andava, atendia as necessidades dos que encontrava em seu caminho. Jairo não podia entender e começava a ficar desesperado:

- Senhor, Tu não entendes meu problema, todas essas pessoas podem esperar, mas a minha filha está morrendo.

Você acha que Jesus não entendia o problema de Jairo? Claro que entendia. Não há nada que você possa ter em sua vida que Jesus não compreenda. Não há nenhum problema que você possa estar vivendo que Jesus não conheça. Quando Ele demora a responder sua oração, é porque Ele está querendo ensinar alguma outra lição. Jairo tinha que aprender que o homem não pode dirigir a Deus. Tinha que aprender que o homem tem que colocar sua vida nas mãos de Deus, e ser dirigido por Ele. Foi por isso que Jesus demorou e enquanto isso a filha de Jairo morreu.

Então chegaram os servos da casa de Jairo dizendo:

- Jairo não molestes mais o Mestre, a tua filha já morreu.

Foi aí que Jairo se entregou. Aquele homem que estava querendo dirigir a Deus; que estava querendo dizer a Deus como é que as coisas tinham que ser; aquele homem orgulhoso que não estava disposto a seguir humildemente o que a palavra de Deus diz, quando lhe disseram que a filha morreu, aquele homem se entregou, se rendeu, se abandonou. E só então, quando ele parou de querer mandar, Jesus se aproximou dele e disse:

- Jairo, vamos para casa.

E eu imagino que Jairo com lágrimas nos olhos disse:

- Senhor Jesus, agora não, não preciso mais de ti. Quando eu te pedi, Tu não quiseste ouvir a minha voz, agora não, agora não quero mais. Minha filha já morreu.

E Jesus hoje talvez diria:

- Filho, agora é que eu posso fazer alguma coisa por você. Enquanto você estava abrindo a Minha Palavra e querendo corrigi-la, Eu não podia fazer nada por você. Mas agora que você abre a Bíblia e é suficientemente humilde para seguir o que está escrito, agora sim, posso fazer algo por você.

Veja meu amigo, até aquele momento era Jairo que estava tomando Jesus pela mão e querendo levá-lo. A partir desse momento foi Jesus que tomou Jairo pela mão, e o levou por onde Jesus quis.

Isto é cristianismo. Cristianismo não é tomar Jesus e levar Jesus por onde a gente quer, cristianismo não é acomodar a Bíblia a nossa maneira de pensar. Cristianismo é acomodar a nossa vida e a nossa maneira de pensar ao que está escrito na Bíblia. Esta é, talvez, a maior lição que o cristão tem que aprender, e se para isto Deus tiver que demorar sua resposta aos nossos clamores, Ele o fará. Se para aprender esta grande lição, tivermos que chorar, não é problema, Deus vai permitir que choremos; se tivermos que falir em nossos negócios, não é problema, Ele vai permitir que cheguemos lá no fundo do poço, a fim de que lá, nos lembremos que o cristianismo não é dirigir a Deus, mas ser dirigido por Ele.

Jairo aprendeu a lição com dor, mas que grande dia foi aquele! Ele saiu de casa procurando uma cura, Jesus demorou um pouco, mas tinha para ele uma ressurreição. O que Deus tem para nós sempre é maior do que estamos pedindo.

Está você esperando um favor de Deus e tem a impressão de que Deus está demorando? Sabe por quê? Talvez porque você ainda tenha que aprender a grande lição da vida. E sabe por que mais? Porque Deus tem preparado para você algo maior.

Meu amigo, Jesus entrou na casa de Jairo, e onde Jesus entra, entra o poder e a vitória. Jesus é Deus todo poderoso, e não há nada que Deus não possa fazer. Ao lado de Jesus não há lugar para o temor. A morte não tem poder diante dEle, a enfermidade não pode prevalecer, os vícios, as drogas, a miséria desta vida não têm forças diante dEle. Jesus é o gigante da história. Glória a Deus!!!!

Quer você abrir seu coração a Deus neste momento? Quer fazê-lo com humildade disposto a seguir o plano divino, apesar dele não combinar com o que você gostaria que fosse? Você está disposto a obedecê-Lo? Está disposto a abrir Sua Palavra e obedecê-la sem tentar colocar suas opiniões humanas? Sente-se só e precisa do companheirismo de Jesus? Tem medo do futuro e precisa que Jesus o ajude a enfrentar a vida sem temor? Está seu lar morrendo como estava a filha de Jairo? Então, por favor, esta é a sua oportunidade. Abra seu coração. Deixe Jesus entrar e tudo ressuscitará, porque Ele é a ressurreição e a vida.


ORAÇÃO:
Querido Pai que estás nos Céus, estou sentindo o toque maravilhoso de Teu santo Espírito. Por favor, responde o clamor silencioso de meu coração. Quero sentir o amor, a misericórdia e o perdão que Jesus oferece. Em Seu nome pedimos, amém.


Jordan William Albuquerque da Silva. =]

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Jumento ou Instrumento?

“Depois destas coisas, Jesus foi adiante, subindo para Jerusalém. Ao aproximar-se de Betfagé e de Betânia, no monte chamado das Oliveira, enviou dois dos seus discípulos, dizendo-lhes: ‘Vão ao povoado que está adiante e, ao entrarem, encontrarão um jumentinho amarrado, no qual ninguém jamais montou. Desamarrem-no e tragam-no aqui. Se alguém lhes perguntar: ‘Por que o estão desamarrando’ digam-lhe: O Senhor precisa dele’. Os que tinham sido enviados foram e encontraram o animal exatamente como ele lhes tinha dito.”Evangelho de São Lucas, capítulo 19, versos 28-32.

Que relevância espiritual pode ter um jumento? Uma vaca ao menos seria adorada na Índia, mas um jumento? No entanto, o asno escolhido por Jesus teve uma relevância excepcional. Sua função: servir de instrumento de revelação da messianidade de Jesus. Durante quase todo seu ministério, Jesus identificou-se como o Messias esperado de Israel, mas sem estardalhaço. Quando, por fim, decidiu revelar-se abertamente, precisou de um jumento. A partir do texto acima podemos aprender muito sobre o modo de Jesus escolher e usar seus instrumentos.




A primeira lição que aprendo nesse texto é sobre a localização do jumentinho que Jesus queria para servir-lhe de montaria. O jumentinho estava, segundo o próprio Cristo, “amarrado”, bem na “entrada” de um “povoado” próximo.  Isso me chamou a atenção: amarrado na entrada de um povoado. O texto também diz que tratava-se de um jumentinho “no qual ninguém jamais havia montado”. Se tivesse sentimentos o jumentinho sofreria com seu estado: amarrado e inútil até aquele momento. Você já se sentiu assim: amarrado? Inútil? Muitas vezes nos sentimos “às portas” de algo grande, nos sentimos próximos de uma grande realização pessoal. E acho que todos já enfrentamos aquela frustração de estarmos quase entrando, quase realizando, vendo as portas já abertas e de repente: não conseguimos avançar. Como num sonho ruim, nossas pernas parecem presas. Ficamos “amarrados às portas”, “presos na entrada”. Do mesmo jeito que aquele burrinho. Se você se sente ou já se sentiu assim, há algo com que se consolar: aquele jumentinho não estava preso, estava reservado. Havia um propósito para ele, havia Alguém especialmente interessado nele, Alguém que havia dado recomendações expressas de que ele deveria estar amarrado exatamente naquele local. 
Jumentos eram animais comuns de carga e transporte na Palestina. Jesus precisava de um para entrar na cidade de Jerusalém a fim de comemorar sua última Páscoa com seus discípulos. Um jumento comum serviria para tal fim. Um jumento qualquer, certo? Errado. O texto mostra que Jesus faz questão de explicitar a que animal se referia. Jesus recomenda a dois de seus discípulos que busquem um jumento em especial. Não o primeiro que encontrassem, não o mais forte, o mais robusto; não o mais belo. Mas um em especial: um previamente escolhido. Sinceramente não sei qual diferença de um “jumentinho amarrado, na entrada da cidade, no qual ninguém jamais montara” para outro qualquer. Entretanto, algo fica claro aqui: os instrumentos de Jesus são escolhidos por Jesus.  Ainda que não saibamos as razões de Cristo, sabemos que Ele não usa instrumentos aleatoriamente. Seus instrumentos, mesmo os mais simples como um animal de carga, ou Seus instrumentos “humanos” como eu e você não são casuais ou acidentais. São escolhidos. E são reservados até o momento oportuno. Até o momento de serem usados.
Jesus incluiu um burro nos seus planos! O texto bíblico acima deixa claro também que Cristo tinha um burrinho em particular reservado, guardado especificamente em uma localidade. A conclusão é simples: Jesus já estivera naquele lugar anteriormente. Já havia provavelmente entrado em entendimentos com o proprietário do jumentinho, pagando-lhe ou pedindo-lhe por empréstimo o animal.Os instrumentos de Jesus fazem parte de um plano. O pequeno asno amarrado na entrada daquele povoado estava para tomar parte no cumprimento de uma profecia milenar acerca do Messias: “Exulta ó filha de Jerusalém. Vê! O teu rei virá a ti justo e Salvador, humilde, montado em um jumento, num jumentinho, filho de jumenta” (Zacarias 9.9).  Mas ele, burro que era, não sabia disso.  Os instrumentos de Jesus muitas vezes ignoram sua condição de escolhidos. Essa pode bem ser a sua situação agora. Você pode ser um “escolhido”, mas o que você vê são seus amigos sendo usados primeiro, os outros ‘jumentinhos’ trabalhando, produzindo, sendo úteis. Enquanto você permanece inexplicavelmente amarrado e inútil. Escondido em um povoado, um lugar qualquer esquecido no meio do nada. Como imaginar que alguém pudesse estar “de olho em você” há tanto tempo? Isso aconteceu comigo pessoal! 
Reis andam à cavalo, camelo, em belas carruagens ou até em elefantes. Os instrumentos de Jesus são desacreditados – um jumento não seria (em todo reino animal) o primeiro animal numa lista de montarias para pessoas importantes. Imagine o quadro 'O Grito do Ipiranga', com D.Pedro bradando a Independência montado num jumento. Ou o He-man andando de jerico ao invés de no Gato Guerreiro.
Pra encerrar essa pequena reflexão quero lembrar aqui o que comentei a pouco no Facebook, quando em uma noite dessas, eu lendo essa passagem na Bíblia me veio a seguinte indagação:
Muitas pessoas hoje em dia trocam o andar de Jumentinho e querem logo andar de CAVALO, mais aí aprendemos essa grande lição com Jesus. Nós vemos lá no livro de Apocalipse Capitulo 19 e Versículo 11 que Jesus virá em um CAVALO BRANCO, mais antes de andar no CAVALO BRANCO, andou de JUMENTINHO. 
Muita gente quer evitar o jumentinho porque seu lombo é áspero e desconfortável. Entretanto, o que essas pessoas não sabem é que o jumentinho é, na verdade, uma preparação para cavalgar majestoso no cavalo branco. Se não montarmos o jumentinho, não passaremos nem 5 minutos no cavalo.
Por fim, os instrumentos de Jesus compartilham da glória e da exaltação de Jesus – o jumentinho, a despeito de sua inércia inicial e de sua aparente insignificância, tornou-se um instrumento de revelação ao ser usado por Jesus. Um “jumento, filho de jumenta”. Esse é o título dado pelo profeta Zacarias, um título que mais parece um xingamento. Mas esse animal foi o que entrou em Jerusalém carregando o Messias, foi o jumento que andou sobre o tapete verde de folhas de palmeira que eram lançadas pela multidão que gritava “Hosana” ao Filho de Deus.
Esse padrão “jeguerê” (#ExisteIsso?...rs) de Jesus ainda é o utilizado por Ele na escolha de seus instrumentos: pessoas que talvez se sintam presas e inúteis, escondidas e aparentemente esquecidas. Porém, parte de um plano cósmico e ancestral. Selecionadas para ser instrumento da revelação do Cristo e que vão palmilhar os mesmos caminhos do Messias e vão tomar parte na Sua Glória Final.

"Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes. E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante ele." (I Coríntios 1.27-29)


Eita Deus TREMENDO!!!

















quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Prostrados aos pés de Jesus permanecemos em pé.

Convidou-o um dos fariseus para que fosse jantar com ele. Jesus, entrando na casa do fariseu, tomou lugar à mesa. E eis que uma mulher da cidade, pecadora, sabendo que Ele estava à mesa na casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com unguento; e, estando por detrás, aos seus pés, chorando, regava-os com suas lágrimas e os enxugava com os próprios cabelos; e beijava-lhe os pés e os ungia com o unguento. Ao ver isto, o fariseu que o convidara disse consigo mesmo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, porque é pecadora. Mas Jesus disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz. Lucas 7:36-39 e 50.




A seita dos fariseus já era conhecida há mais de cem anos, antes do nascimento de Jesus. Segundo Melinda Fish, os fariseus eram um grupo de homens sinceros cujo único desejo era, originalmente, o de fazer com que Israel voltasse à fé no Deus das Escrituras. A obediência à Lei era o centro de sua doutrina pois criam que, desta forma, ganhariam o favor de Deus, evitando Seu julgamento. Eram pessoas sinceras, preocupadas em agir corretamente.

A mesma escritora também faz a seguinte observação: Mas, pela época da vinda de Jesus, a seita dos fariseus havia deixado para trás suas origens humildes e se tornara uma força que unia os poderes políticos e religiosos tornando-se, muitas vezes, maior do que sacerdotes e reis. Eles haviam elaborado um sistema religioso que definia para cada judeu o que significava ser verdadeiramente espiritual. As massas os temiam. Certas inflações da lei judaica, como heresia, eram punidas com a morte e o povo os temia por serem, frequentemente, homens sem misericórdia, que podiam influenciar os poderes governantes a condenar e executar um cidadão comum. Infelizmente, o espírito do farisaísmo ainda vive no cristianismo hoje. A religião farisaica ensina que somente aqueles que se esforçam bastante, oram muito e praticam todos os deveres religiosos, merecem o amor de Deus. O religioso é crítico e sempre tem preparado muitos textos bíblicos, convenientemente selecionados, para, com eles, defender as suas próprias convicções. Armado de sua munição predileta, o julgamento, está sempre de prontidão para atacar todo aquele que não se conforma com os seus rígidos padrões de espiritualidade. Todos aqueles que trilham o caminho de um cristianismo fundamentado no desempenho estão fadados a um esgotamento espiritual. Tornam-se pessoas amarguradas e frustradas consigo mesmas, com os outros e com a própria religião. Em realidade, todo o que se esforça para obter a aprovação dos outros e de Deus, é um religioso. O fariseu precisa se utilizar de muitas máscaras para poder ser aceito pelos homens e por Deus. O religioso é todo aquele que cria um próprio padrão de retidão moral, tentando, desta maneira, ser aceito por Deus. Ao invés de se render à suficiência da graça para ser aceito por Deus, prefere, como os fariseus da época de Jesus, aumentar o tamanho de seus filactérios e alongar as franjas de seus xales de oração. O religioso tem uma necessidade doentia de fazer alguma coisa para Deus. Completamente cego para a suficiência da graça, precisa se apoiar em alguma coisa que possa fazer com que se sinta merecedor da atenção divina. Todo religioso vive de aparência. A tradição dos homens, a busca da glória e o apego à própria justiça são marcas de todo o religioso. Lemos, em Marcos 7:9, João 12:42-43, Lucas 16:15: E disse-lhes ainda: Jeitosamente rejeitais o preceito de Deus para guardardes a vossa própria tradição. Contudo, muitos dentre as próprias autoridades creram nele, mas, por causa dos fariseus, não o confessavam, para não serem expulsos da sinagoga; porque amaram mais a glória dos homens do que a glória de Deus. Mas Jesus lhes disse: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece o vosso coração; pois aquilo que é elevado entre os homens é abominação diante de Deus. 


O fariseu da narrativa de Lucas é um típico religioso da época de Jesus. Consideremos alguns contrastes entre ele e a mulher pecadora: a mulher estava com um vaso de alabastro repleto de um raro perfume, o fariseu estava carregado de preconceito. A mulher derramava lágrimas aos pés de Jesus e os enxugava com os seus próprios cabelos, o fariseu esbanjava falsa espiritualidade e julgava. A mulher ungia os pés de Jesus com o precioso unguento, o fariseu se orgulhava de sua religião eletiva. A mulher via em Jesus um salvador que a aceitava como ela era, o fariseu criticava e não enxergava em Jesus mais do que um mestre e fazedor de milagres. A mulher estava convicta dos seus muitos pecados, o fariseu achava-se muito justo. No ponto de vista do fariseu, somente os especiais, os morais e os dignos eram amados e aceitos por Deus. Porém, Jesus nos mostra exatamente o contrário. Ele veio para os perdidos, indignos, imorais e malsucedidos. A religião só premia os vencedores. A graça elege somente os fracassados. No mundo religioso, somente os esforçados são recompensados por Deus. No reino da graça, somente os que se vêem miseráveis e indignos recebem o tudo de Deus. O compromisso gracioso de Jesus envolve os desprezados, cansados, rejeitados, oprimidos e falidos, porém a liberdade oferecida pela religião é falsa e mentirosa. A especialidade da religião é frustrar e castrar toda a liberdade do homem. Todo religioso reza numa cartilha especial chamada: "Isto pode, mas isto não pode". O fermento farisaico produz um sentimento de culpa no homem, pois somente aqueles que se enquadram no duro regime imposto pelo legalismo são aceitos por Deus. Não existe graça e misericórdia na religião. O que impera é um sistema maligno de troca. Faça, e receberás.


Jesus que conhece todas as coisas e sabia o que havia no coração do fariseu, disse o seguinte a ele: Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e o outro, cinquenta. Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais? Respondeu-lhe Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe: Julgaste bem. Lucas 7: 41-43. O fariseu foi sábio em sua resposta, porém estava cego em relação ao Senhor Jesus. O fariseu, acorrentado pela sua tradição religiosa, continuava insensível em relação às lágrimas daquela mulher. Não conseguia ver o arrependimento e a sinceridade em sua atitude diante do Senhor. Segundo a tradição daquela época, era sinal de uma boa hospedagem oferecer água para os pés, saudar com ósculo e passar óleo sobre a cabeça dos convidados. Porém, nada disso vemos no fariseu. Então, Jesus, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; esta, porém, regou os meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. Não me deste ósculo; ela, entretanto, desde que entrei não cessa de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta, com bálsamo, ungiu os meus pés. Lucas 7:44-46. Em seguida destas palavras, Jesus disse ao fariseu: Perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama. Então, disse à mulher: Perdoados são os teus pecados. Lucas 7:47 e 48. A colocação de Jesus provocou um alvoroço entre os outros convidados: Os que estavam com Ele à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este que até perdoa pecados? Lucas 7:49. Sem dar atenção àqueles fariseus legalistas, Jesus fala à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz. Lucas 7:50. Sem acusações, sem discursos, sem cobranças, sem críticas, e sem um sermão moral, Jesus despediu aquela mulher. Aquela mulher não precisava ouvir um belo discurso sobre moralidade. Não necessitava saber que não podia frequentar determinados lugares. Não tinha que ouvir que a sua vida era um poço de lama de imoralidade, pois ela já sabia disso. Ela necessitava desesperadamente ser aceita como ela era. Ela jamais poderia ser aceita no meio religioso, pois, neste lugar, somente os dignos são recebidos. Porém, Jesus Cristo, que é pleno de graça, a recebeu e a salvou perfeitamente. Chegou diante de Jesus cheia de pecados, e foi embora perdoada e repleta de paz. Que todos atendam ao convite de Jesus: Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve. Mateus 11:28-30.

                               O melhor lugar do mundo é aos pés do Salvador!

Sendo assim, deixo para o deleite espiritual de todos vocês esta linda melodia, Deus abençoe a todos! Jordan William