sábado, 10 de novembro de 2012

Eu te conheci no Deserto.


Sabemos que o Senhor coloca em nosso coração muitos sonhos. São grandes as promessas do Senhor e o sentimento mais comum a este respeito é o de que tudo se realizará de forma muito tranqüila, sem dificuldades. Mas rapidamente começamos a perceber que nem tudo está se realizando da forma esperada. Logo percebemos que estamos atravessando um deserto. Deserto na vida profissional – “Cadê, Senhor, a porta que o Senhor disse que estava aberta?”; deserto ministerial – “Senhor, é para o teu louvor! Porque meu ministério não cresce?”; deserto familiar – “Senhor, na tua palavra diz ‘crê no Senhor teu Deus e será salvo, tu e a tua casa’, mas porque meu esposo (a) não se converte?”  


Temos muito a aprender com as Santas Escrituras sobre os desertos de nossas vidas:
1) É o Senhor mesmo que nos leva ao deserto e assim o faz para que seu nome seja glorificado.
Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, para o deserto” (Lc 4.1).
Às vezes é difícil encarar esta verdade porque gostamos de pensar que Deus nos guia apenas a pastos verdejantes. Mas o Senhor quer que seu nome seja glorificado em nossas vidas e por isso nos leva ao deserto. Tudo foi criado para o louvor da Sua glória. Inclusive nós. Com certeza, quanto maior e mais terrível for o nosso deserto, maior será o milagre que o Senhor realizará em nossas vidas e assim maior será a glória dada a Seu nome.
O Pr. Tommy Tenney, em um de seus livros, nos ensina que quando as dificuldades chegam na esfera do milagre, quando todas as nossas opções de solução se esgotam, aí é que Deus atua, porque todos verão que foi Ele mesmo que agiu milagrosamente.
Podemos comparar nosso deserto, nosso período de dificuldade e espera do mover de Deus, com um escuro “túnel-labirinto”. Mantemos sempre nossos olhos na lanterna que carregamos nas mãos, por ser ela, aparentemente, a única solução em meio àquela escuridão. Nossa esperança é que, com a luz da nossa lanterna, de repente, enxergaremos a nossa saída. E, desta forma, percorremos boa parte do percurso. Até oramos para que o Senhor use a nossa lanterna nos mostrando a saída do túnel, mas de vez em quando falamos: “espera aí, Senhor, deixa eu ver se esta direção não é a solução... deixa eu tentar sair por este caminho...”. E assim tentamos ajudar o Senhor a fazer o milagre. Mas, apenas quando nossa lanterna se apaga, porque a bateria acabou ou porque decidimos não esperar mais que ela nos ajude, é que podemos perceber que realmente existe a luz do Senhor conosco e só ela é que pode ser nossa esperança, pois não se apagará.
Tu , Senhor, és a minha lâmpada; o Senhor derrama luz nas minhas trevas.” (II Sm 22:29)
O Senhor é quem pode nos levar à verdadeira saída do túnel. Todos dirão: “como você conseguiu sair deste ‘túnel-labirinto’? Nem lanterna você tinha mais? Isso é impossível!”. Você responderá: “Para os homens é impossível; contudo, não para Deus, porque para Deus tudo é possível” (Mc 10:27). O Senhor quer realizar o impossível em nossas vidas.
Será que Deus abriria o Mar Vermelho se seu povo não estivesse entre o mar e o exército de Faraó? Só havia um milagre a se esperar para a salvação do povo de Deus; era a abertura do mar, algo humanamente impossível. Mas o Senhor queria usar esta esfera de milagre para que o Seu nome fosse glorificado. Interessante notar que o Senhor mesmo é que os tinha colocado naquele “aperto”:
 “Disse o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel que retrocedam e se acampem defronte de Pi-Hairote, entre Migdol e o mar, diante de Baal-Zefom; em frente dele vos acampareis junto ao mar. Então, Faraó dirá dos filhos de Israel: Estão desorientados na terra, o deserto os encerrou. Endurecerei o coração de Faraó, para que os persiga, e serei glorificado em Faraó e em todo o seu exército; e saberão os egípcios que eu sou o Senhor”  (Ex 14.1-4).
Se você está em algum deserto, e não vê saída, veja o que Moisés disse ao povo nesta situação que aos nossos olhos seria terrível:
“Moisés, porém, respondeu ao povo: Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do Senhor que, hoje, vos fará; porque os egípcios, que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver  (Ex 14.13).
Aleluia! Podemos dizer: “Nunca mais tornarei a passar por esta mesma dificuldade! Isto tudo que estou passando é para que o nome do Senhor seja glorificado! As muralhas em minha frente surgiram apenas para eu mostrar que com o meu Deus, eu salto muralhas! ALELUIA!”
2) No deserto, o Senhor quer nos ensinar que Ele é quem cuida de nós.
Ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conhecias, nem teus pais o conheciam, para te dar a entender que não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do Senhor viverá o homemNunca envelheceu a tua veste sobre ti, nem se inchou o teu pé nestes quarenta anos”  (Dt 8.3-4).
O Senhor não nos prova além de nossas forças. Antes, juntamente com a prova, Ele nos dá também o escape. Israel ficou 40 anos no deserto sendo sustentado com o maná. Não são 40 dias, são 40 anos no deserto onde o Senhor mostrou sua fidelidade. Ele prometeu a terra que manava leite e mel e apesar da infidelidade do povo, o Senhor cumpriu sua palavra. Todos os dias o Senhor mostrava seu poder e sua fidelidade quando fazia cair do céu o alimento para seiscentos mil homens, sem contar mulheres e crianças (Êx. 12:37). Deus sabia que aquela multidão morreria se Ele não desse o escape, o maná - porque aquela prova seria maior do que as forças humanas. O nome do Senhor foi engrandecido entre todas as nações porque viram que o Deus de Israel era tremendo em poder e manteve viva toda aquela multidão, durante 40 anos no deserto.
Na vida de Jesus também há um escape durante os 40 dias no deserto. Acredito que ninguém conseguiria ficar 40 dias sem comer, muito menos num deserto. Acredito que qualquer ser humano morreria. Mas para não restar dúvidas de que o Senhor Deus é que sustentou Jesus no deserto, diz a Bíblia:
 “...durante quarenta dias, sendo tentado pelo diabo. Nada comeu naqueles dias, ao fim dos quais teve fome” (Lc 4.2b).
Jesus passou 40 dias no deserto sem comer, mas também, sem sentir fome. Isto não é maravilhoso?! Jesus sentiria fome assim como nós estamos sujeitos à fome. Mas o Senhor não o deixou ter fome, porque Ele sabe que o corpo humano não agüentaria 40 dias em um deserto sem comida. O escape do Senhor na vida de Jesus foi a saciedade apesar de não ter se alimentado.
3) O Senhor nos leva ao deserto para nos conhecer.
“Eu te conheci no deserto, em terra muito seca”  (Os 13:5).
Sabemos que ser filhos de Deus é maravilhoso. Abrimos nossos lábios em louvor dizendo que pertencemos ao Senhor, que queremos estar com Ele eternamente. Mas quão difícil é ‘em tudo dar graças’. Quando estamos confortáveis é fácil, mas quando o choro quer durar mais que a noite, quer durar o dia inteiro - é que nossa fé é provada. É fácil louvar quando temos as bênçãos do Senhor. E quando não as temos? Imagino que Senhor nos olha dos céus em meio ao deserto e diz: “será que este filho (a) está me buscando pelo que sou ou pelo que posso oferecer?”.
“E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o SENHOR teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não”  (Dt 8.2).
4) O Senhor nos leva ao deserto para O conhecermos.
“Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração (...) desposar-te-ei comigo em fidelidade, e conhecerás ao Senhor” (Os 2.14;20).

Este trecho confirma que é o Senhor quem nos leva ao deserto. Mas também nos diz que Ele faz isso para falar ao nosso coração e como resultado, nós O conheceremos. No deserto entendemos que as palavras do Senhor são nosso alimento. O salmista sabia disso:
“O que me consola na minha angústia é isto: que a tua palavra me vivifica” (Sl 119.50).
“Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais que o mel à minha boca” ( Sl 119.103).
É através das palavras do Senhor ao nosso coração que O conhecemos. O verbo conhecer na Bíblia, muitas vezes, se refere à intimidade. Quando lemos que um homem conheceu a uma mulher, quer dizer que entrou em intimidade com ela. “E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu...“ (Gn 4.1), ou seja, Adão entrou em intimidade com Eva. Em Oséias 1.20 o Senhor diz: “desposar-te-ei comigo em fidelidade, e conhecerás ao Senhor”. O Senhor está a nos dizer que teremos intimidade com Ele. Quando estamos em lutas, todo e qualquer comando do Senhor é de importância vital para nós. Ficamos mais sensíveis à voz do Espírito Santo porque temos a certeza de que só Ele pode nos conduzir aos pastos verdejantes ou à terra que mana leite e mel. Anulamos toda e qualquer interferência que prejudique o entendimento da mensagem do Senhor. Desta forma, no deserto passamos a dar prioridade à voz do Senhor e em conseqüência conhecemos ao Senhor, temos intimidade com Ele. Isto acontece através da leitura da palavra e dos joelhos dobrados, mostrando total rendição ao amado Senhor.
Só após o deserto poderemos dizer como Jó: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem” (Jó 42.5); ou como o salmista: “Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos” (Sl 119.71).
Quando nos encontramos em intimidade com o Senhor passamos a dar graças por tudo e compreendemos que TUDO, realmente TUDO, até mesmo o deserto, coopera para o nosso bem; para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados segundo o seu propósito (Rm 8.28).
5) O Senhor quer nos ensinar que Ele nunca nos abandonará.
“...onde permaneceu 40 dias, sendo tentado por Satanás; estava com as feras, mas os anjos o serviam” (Mc 1.13).
Por mais árduo que pareça o nosso deserto, e apesar de ninguém querer caminhar mais uma milha conosco, o Senhor realmente não nos abandona. É no meio das provas que conhecemos a graça do Senhor. Muitas vezes o Senhor fica em silêncio diante de nosso clamor. Não entendemos, mas o que o Senhor quer é que percebamos, por nós mesmos, que a graça dEle nos basta. Paulo orou três vezes — não foi uma vez, mas 3 vezes — pedindo ao Senhor que tirasse aquele espinho de sua carne. Um homem que operava tantos milagres pelo poder do Espírito Santo, de repente, apresenta sua dor ao Pai. Mas o Senhor não o responde imediatamente. Só após a terceira oração ele recebe a resposta de Deus: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (II Co 12:9).
Concluindo esta reflexão, encorajo a todos que esperam o realizar de sonhos e promessas de Deus, para que não desanimem no deserto pelo qual estejam passando. Aparentemente nada está acontecendo, mas aquele que começou a boa obra é fiel para completá-la. Somos chamados para vivermos por fé, não pelo que nossos olhos vêem. Elias orou e durante três anos e seis meses não choveu sobre a terra. Depois de ter enfrentado os profetas de Baal, ele fala a Acabe: “Sobe, come e bebe, porque já se ouve o ruído de abundante chuva.” Pela fé, meu irmão, ouça o ruído de abundante chuva em seu deserto! Não importa se o seu deserto é seu ministério, sua família, ou sua vida profissional. Você já pode ouvir o ruído da chuva do Senhor!
Elias subiu ao monte Carmelo para orar e levou consigo o moço que o assistia. Se prostrou em terra e mandou o moço subir mais adiante e olhar para o lado do mar para conferir, com os olhos humanos, não com os da fé, se já vinha a chuva. Nada via o rapaz, até a sétima vez que foi olhar. O moço voltou a Elias e disse que se levantava do mar uma pequena nuvem como a palma da mão de um homem. Elias responde ao menino: “Sobe e dize a Acabe: Aparelha o teu carro e desce, para que a chuva não te detenha”. Diz a Bíblia que “dentro em pouco, os céus se enegreceram, com nuvens e vento, e caiu grande chuva”. ALELUIA! Apesar de nossos olhos só verem uma pequena nuvem, não vai demorar muito, dentro em breve o Senhor fará cair grande chuva! Não são chuviscos, é uma abundante chuva que o Senhor tem para derramar em nosso deserto!
Em I Reis 18.45-46 lemos que “Acabe subiu ao carro e foi para Jezreel. A mão do Senhor veio sobre Elias, o qual cingiu os lombos e correu adiante de Acabe, até à entrada de Jezreel”. ALELUIA! Você tem a mão do Senhor sobre você! Quem conhece a história contada nesta passagem das Escrituras sabe que Acabe era um rei que fazia o que era mau perante o Senhor. Se tivesse chegado primeiro à cidade, Acabe poderia tentar impedir a entrada de Elias. Mas a mão do Senhor fez Elias chegar antes de Acabe, apesar de estar sem carro e ter saído depois dele. Glória ao Senhor! Agindo Deus, quem impedirá?
Somos objeto do cuidado especial do Senhor. Os sonhos que o Senhor colocou em nosso coração, antes de serem nossos, são dEle! Não adianta o inimigo tentar nos impedir de fazer alguma coisa, ou tentar impedir a realização dos planos de Deus em nossas vidas. Podemos fazer como Elias: zombar de nossos inimigos (I Rs 18.27). Toda e qualquer dificuldade em nosso caminho é apenas para fazer maior o nome do nosso Deus. Nenhum dos planos do Senhor serão frustrados.
 “Ele envia as suas ordens à terra e a sua palavra corre velozmente” ( Sl 147.15).

Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor, porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos. Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, sem que primeiro reguem a terra, e a fecundem, e a façam brotar, para dar semente ao semeador e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei. Saireis com alegria e em paz sereis guiados; os montes e os outeiros romperão em cânticos diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas. (...) e será isto glória para o Senhor e memorial eterno que jamais será extinto”  (Is 55.8-13).
                                                                                                                     
Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a Ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los? Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do homem, achará, porventura, fé na terra?”  (Lc 18.7-8 ). 
“...o Senhor tem o seu caminho na tormenta e na tempestade...”  (Na 1.3).
“...fá-lo-ei aproximar, e ele se chegará a mim; pois quem de si mesmo ousaria se aproximar de mim, diz o Senhor”  (Jr 30.21b).
Que o Senhor nos abençoe,

terça-feira, 17 de julho de 2012

Asafe, o homem de quem Deus se apoderou.



Asafe era diretor de música nos dias de Davi e Salomão. Crente no Senhor, compôs 12 hinos que passaram a fazer parte dos Salmos. Da sua experiência com o Senhor, podia dizer "com efeito, Deus é bom". Porém, durante uma fase de sua caminhada com o Senhor, enfrentou uma crise espiritual muito grande, a ponto de declarar "quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos". Como Asafe, você pode estar vivendo momentos de dúvidas e quem sabe até tenha pensado em se afastar dos caminhos do Senhor. Vendo o que levou esse levita à beira do precipício e como ele saiu de sua crise espiritual, você descobrirá que mesmo em meio a lutas, vale a pena servir ao Senhor. =D





Bom mais vamos começar conhecendo mais um pouco da vida deste grande homem chamando Asafe.
Quem era Asafe? Um judeu, da tribo de Levi, e músico por vocação e deleite. Seus instrumentos preferidos: a harpa, o alaúde e o címbalo, todos muito antigos. Nas suas apresentações usou com mais frequência os címbalos sonoros e os címbalos retumbantes, instrumentos de percussão compostos geralmente de dois discos de metal, que têm no centro uma pequena cavidade para aumentar a sonoridade. Foi designado músico e cantor pelos levitas, que tinham sob sua responsabilidade os serviços religiosos de Jerusalém. Participou do magnífico cortejo musical que levou a Arca do Senhor da casa de Obede-Edom para a tenda armada pelo rei Davi. Naquele dia o rei o descobriu e fez dele ministro de música. Porque também era músico exímio tocador de harpa e profícuo compositor de salmos , Davi deu grande ênfase à música de adoração, como expressão de louvor a Deus. Ele fazia questão de que se levantasse a voz com alegria e reservava a si a supervisão geral de toda atividade litúrgica. Eram 4 mil levitas, que, em 24 turnos, louvavam continuamente o Senhor com instrumentos fabricados por ordem do rei para esse fim. A maior parte era formada de iniciantes, que aprendiam música com os mais competentes. Era uma verdadeira escola de música sacra. Seus filhos faziam parte do corpo docente 288 mestres ao todo. Os filhos de Asafe escreveram doze dos 150 salmos que estão na Bíblia (os onze primeiros do livro terceiro e o salmo 50).


De todos os 12 Salmos de Asafe, houve que um que ao lê-lo me chamou bastante atenção. Então nesta pequena mensagem quero explicar com mais detalhes a crise que vivenciou e da qual ele fala no salmo 73... ^^


I. Asafe dentro da crise


Como Rui Barbosa, “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus”, Asafe chegou a desanimar da virtude. E esse desânimo o levou a uma terrível crise existencial. Quase resvalaram os seus pés em direção ao abismo da incredulidade.(v.2) Pouco faltou para que ele rompesse com a idéia de um Deus sábio, bom e justo, e jogasse fora a rica tradição religiosa até então acumulada. Esteve bem perto de uma violenta mudança de pensamento e de comportamento. Quase trocou os oráculos de Deus pelo horóscopo. Quase trocou o templo do Senhor por um terreiro de macumba. Quase mandou tudo para o inferno, inclusive sua alma!


Seu problema é que ele passou a ter inveja dos pecadores. Ele dizia: “eu também sou como eles, sujeito aos mesmos sentimentos e paixões. Por uma questão de princípios e pelo temor do Senhor, eu abortava na fonte os desejos pecaminosos”:


Quantas vezes desejei vingar-me,

Quantas vezes fui açoitado pela ira,

Quantas vezes quis projetar-me,

Quantas vezes fui assaltado pelo egoísmo,

Quantas vezes a falta de recato da mulher alheia me atiçou a lascívia,

Quantas vezes senti desânimo e preguiça.

Mas o amor a Deus falou mais alto,

Meu coração guardei puro,

Resisti os maus desígnios,


No entanto o salmista ofereceu forte resistência a todos esses sentimentos e deles se privou por amor do Senhor e por causa de seu nome. De repente se sente frustrado e se pergunta: “Será que foi à toa que eu me esforcei para não pecar e permanecer puro?”.


Pois, enquanto ele crucificava a sua carne, os pecadores pareciam livres, desinibidos, evoluídos, descomplexados, bem-sucedidos, felizes, seguros, altivos e tranqüilos. O que mais o desnorteou foi a falsa impressão de que seu zelo não lhe rendia nada. Ele pensava: “Deus não me trata de modo todo especial”. “Ele não me poupa das intempéries, do cansaço, da aflição, da doença nem da disciplina em caso de erro, por menor que seja”. Outra coisa que machucava o salmista era a popularidade dos pecadores e o seu anonimato.


A crise que a que foi acometido não foi brincadeira. Demorou algum tempo e o desgastou muito. Tentou descobrir o que estava acontecendo, mas em só refletir para compreender isso, achou mui pesada tarefa para ele. Até que um dia Asafe entrou no santuário de Deus e compreendeu o fim último dos ímpios pecadores que ele estava invejando.


II. Asafe dentro do templo


Dentro do templo é outra coisa. Dentro do templo sua vida ganha outra dimensão. O que acontece dentro do templo?

Ganha-se, ou recobra-se, como foi no seu caso, a perspectiva cristã da vida, que envolve o tempo presente e a eternidade.

Renova-se a fé na existência e no caráter de Deus. Chega-se outra vez aos seus atributos invisíveis. Ele é eterno, imensurável, incompreensível, onipotente e também supremamente sábio, clemente, justo e verdadeiro.

Dentro do templo eu me senti orgulhoso, desrespeitoso e insolente por haver duvidado da justiça de Deus para comigo e para com os pecadores.

Percebi que eu havia retirado o meu voto de confiança em Deus e por isso estava perplexo.

Dentro do templo sua alma se abre e é derramada perante o Senhor a sua ansiedade, a sua aflição, a sua dúvida, a sua revolta.

Então Asafe começa a entender e ver com clareza. No templo ele se lembra, quem sabe, do salmo de Davi: “Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniqüidade” (Sl 37.1). Tivesse ele memorizado melhor esse salmo, a crise teria sido mais passageira, pois o ímpio prepotente nesta vida se expande qual cedro do Líbano (v.35), mas será como o viço das pastagens: será aniquilado e se desfará em fumaça (v.20). Nada teria acontecido ao Asafe se não tivesse perdido a certeza de que “mais vale o pouco do justo que a abundância de muitos ímpios” (v.16). Tão perto dele, tão freqüentemente em seus lábios, por que razão deixou o salmista escapar o ensino e o conforto deste salmo e não o aplicou a si mesmo?


Ainda dentro do templo Asafe percebeu que o desastre ocorreu quando a crença tradicional na justiça divina começou a ser abalada em sua mente. Se há algo que precisa permanecer intocável é exatamente a certeza de que Deus “é recompensador dos que o buscam, mas justíssimo e terribilíssimo em seus juízos, odeia todo o pecado e de modo algum terá por inocente o culpado”.


Você trocaria uma vida na presença de Deus e uma eternidade na glória por prosperidade material na terra e uma eternidade no inferno? Tenho certeza que não, logo, não há motivo para você duvidar da bondade de Deus e menos ainda para invejar a sorte dos que seguem a maldade.


Conclusão:

Quando o salmista Asafe sai do templo estava refeito, curado, revivificado, alegre e disposto, e, ao mesmo tempo, solícito em alimentar-se da verdade, como ensina Davi ainda no salmo 37 (v.3). Toda a mágoa desapareceu. Dizia ele: “Os pecadores continuam a se afastar do Senhor; mas..., quanto a mim, bom é estar junto a Deus: no Senhor ponho o meu refúgio, para proclamar todos os seus feitos, em prosa e em verso, com címbalos retumbantes e com címbalos sonoros, entre gritos de alegria e louvor eu, que quase troquei a música de adoração pela música profana! Graças a Deus não me tornei pedra de escândalo para os meus 4 mil instrumentistas e cantores e toda a nação de Israel!”


Que essa experiência de Asafe fale ao seu coração e lhe transmita ensinamentos para a sua caminhada com Jesus!

sábado, 7 de julho de 2012

Perdido dentro da Igreja.



Entrou na sala sem bater e jogou-se na cadeira em frente da minha mesa. Suava. Era evidente que estava nervoso.
-Jordan, estou perdido! – disse sem rodeios. Apenas três palavras. Seria desnecessário dizer mais para descrever a tragédia de uma alma em conflito. Podia aceitar essa declaração de qualquer outra pessoa, não daquele rapaz. Eu o conhecia muito bem: era um jovem exemplar, um fiel membro da igreja. Mas estava ali, com os olhos lacrimejantes repetindo:
-Pode crer, Jordan, estou perdido! Sou cristão de berço. Todo mundo acha que sou um bom membro da igreja. Meus pais acreditam que sou um filho maravilhoso. Os membros da igreja acham que sou um jovem consagrado. Eles até me nomearam Diretor dos Jovens. Muitas vezes ouço os pais dizendo a seus filhos: “Gostaria que você fosse como aquele rapaz!” Todos acham que sou um modelo de cristão, mas não é verdade pastor, eu sou uma miséria. Acabo de fazer algo horrível e não é a primeira vez. Fiquei desesperado, angustiado como das outras vezes. Tive vontade até de morrer. Eu não sou o que todos pensam que sou.
Tentei dizer alguma coisa, mas ele cortou:
- Eu não quero ser assim Jordan, eu quero ser um cristão de verdade, mas não consigo. Tenho lutado tantas vezes, tenho me esforçado, mas sempre acabo derrotado.
Doeu-me ver assim aquele jovem.
- O senhor está desapontado comigo, não está? – perguntou depois, com ansiedade.
Desapontado? Eu tinha era um nó na garganta. Procurei esconder minha tristeza, minha dor, porque na realidade o drama não era só daquele jovem. Eu sabia que muitos jovens da igreja também vivem essa triste realidade. “Jordan, estou perdido!” Perdido? Sim, perdido dentro da igreja.
É possível estar perdido dentro da igreja? Infelizmente é, sim. Existem os que, como no caso desse jovem, estão perdidos fazendo coisas erradas enquanto ninguém vê, mas existe outra classe de perdidos: aqueles que fazem tudo direito, cumprem aparentemente tudo que a igreja pede, vivem preocupados com detalhes de regulamentos e normas, mas estão igualmente perdidos.
Há um texto bíblico que fala do jovem rico. “E, pondo-se a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele, lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? E Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? ninguém há bom senão um, que é Deus. Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falsos testemunhos; não defraudarás alguém; honra a teu pai e a tua mãe. Ele porém, respondendo lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade. E Jesus olhou para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-os aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, segue-me. Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuia muitas propriedades” (S. Marcos 10:17 a 22).
O jovem rico era um rapaz como qualquer jovem da igreja de hoje. Era membro de uma congregação cujos líderes se preocupavam muito com normas, leis e regulamentos. “Não pode fazer isto”. “Não pode fazer aquilo”. “Fazer isto é pecado”. “Fazer aquilo também é pecado”. Aquele jovem cresceu tendo um conceito errado de Deus. Imaginava-O sentado no Seu trono de justiça, ditando regras, com o rosto sério e uma vara na mão, pronto para castigar o desobediente. Desde pequeno seus pais e os líderes da igreja exigiram o fiel cumprimento de todas as normas. Eram líderes preocupados com a imagem da igreja. O que realmente importava para eles era que as pessoas cumprissem as normas, que fossem bons membros de igreja e nada mais. O jovem rico aprendeu desse modo a cumprir todas as normas e leis. Aparentemente era um jovem bem comportado, ativo na igreja, participava das programações e cultos, podia ser apontado como exemplo para outros, mas alguma coisa estava errada: não era feliz, tinha a sensação de que estava perdido apesar de cumprir tudo. Certo dia anunciaram a chegada de Jesus à sua cidade. A história está registrada no capítulo 10 de São Marcos. Os líderes da igreja, ainda preocupados somente com o cumprimento rígido das leis, foram os primeiros a sair ao encontro de Jesus. O registro sagrado narra assim: “E, aproximando-se dele os fariseus, perguntaram-lhe, tentando-o: É lícito ao homem repudiar sua mulher?” (Marcos 10:2). Você percebe a inquietude daqueles líderes? Sua grande preocupação era apenas com os detalhes.
Seria possível que hoje os líderes também caiam no mesmo erro? “É pecado cortar o cabelo?” “É pecado orar assentado?” “É pecado ter um pátio de recreações ao lado do templo?” “É pecado ir à praia?”
O Senhor Jesus não se deteve muito tempo a discutir com eles. Dirigiu-Se aonde estava um grupo de crianças, colocou-as no colo, com amor acariciou-lhes a cabecinha e beijou-lhes os rostinhos inocentes. O jovem rico ficou emocionado ao ver aquele quadro. Ele nunca poderia imaginar que Jesus fosse capaz de beijar e fazer um carinho. Não era essa a imagem que ele tinha aprendido acerca do Filho de Deus. Pela primeira vez na vida teve vontade de abrir o coração a alguém. Correu quando Jesus já estava saindo da cidade, ajoelhou-se perante Ele e disse: “…Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” (Marcos 10:17).
Ele estava dizendo na realidade: “Bom Mestre, que farei para ser salvo? Eu sinto que estou perdido. Não tenho certeza da salvação.”
Por que? Acaso não era um bom membro da igreja? Não cumpria todas as normas? Ah! meu amigo, cumprir mandamentos nunca foi sinônimo de salvação. Ser um bom membro de igreja não quer dizer estar salvo.
É, de algum modo, possível obedecer a tudo e estar completamente perdido. Perdido, dentro da igreja!
O Senhor Jesus tentou levar o jovem do conhecido ao desconhecido. O jovem conhecia a letra da lei, as normas, os regulamentos e Jesus lhe disse: “Tu sabes os mandamentos…” (Marcos 10:19).
Este foi um tratamento de choque. “Ele, porém, respondendo, lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade” (Marcos 10:20).
…Mas a angústia não desaparece, o desespero aumenta, a sensação de estar perdido é cada vez maior”. Jesus olhou para ele com ternura e o amou.
Sabe? Jesus também ama você. Não importa se você é pobre ou rico, se é preto ou branco, se é feio ou bonito. Ele o ama. Ele o compreende. Isso é o que diz a Bíblia. Você é a coisa mais importante para Deus, não importa o momento que esteja vivendo. Você, com suas lutas, com seus fracassos, com seus conflitos, com suas dúvidas e incertezas; você com suas deformações de caráter, com seu temperamento irascível, é objeto de todo amor e carinho de Deus. Pode ser que em algum momento de sua vida você sinta que ninguém gosta de você, que seus pais não o compreendem, que seus professores não reconhecem seu valor, que a vida lhe negou as oportunidades que deu a outros, que o mundo inteiro não o aceita. Pode até ser que você não goste de você mesmo. Tudo isso pode, de algum modo, ser verdade, mas Deus gosta de você, Ele o compreende. Neste momento, tenha certeza de que Ele está bem perto de você, pronto a ajudá-lo, a socorrê-lo, a valorizá-lo.
Lá na Judéia, além do Jordão, séculos atrás, Cristo olhou com amor o jovem rico. Viu seus conflitos internos, suas lutas, suas angústias. Viu sua desesperada situação: perdido dentro da igreja, perdido cumprindo todos os mandamentos, perdido obedecendo a todas as normas. “Sabe qual é seu problema, filho?” – disse Jesus – “apenas um: você não Me ama. Em seu coração não há lugar para Mim, em seu coração só há lugar para o dinheiro. Você está disposto a guardar mandamentos, mas você não Me ama, e enquanto não Me amar Eu não aceito nada de você. Não adianta guardar mandamentos, cumprir normas, obedecer regulamentos; se você não Me amar, nada disso tem sentido e você continuará com essa horrível sensação, com esse vazio na alma. Vamos fazer uma coisa, Meu querido filho, você agora vai para casa, tira do coração o amor às coisas deste mundo, coloca-Me como o centro de sua vida, então venha e siga-Me”. A Bíblia diz que o jovem, “…pesaroso desta palavra, retirou-se triste…” (Marcos 10:22).
Que tragédia! Estava mais pronto a guardar mandamentos do que amar o Senhor Jesus. Por quê? Talvez porque é mais fácil aparentar que se é bom do que entregar o coração a Deus.
É possível que você esteja pensando: “Felizmente eu não tenho riquezas”. Pode ser. Mas, às vezes, não precisamos ter riquezas para destronar Jesus do coração. Seria possível você amar mais um artista de televisão do que Jesus. Um esporte, uma namorada, uma profissão, os estudos, coisas até boas, mas que podem ocupar o lugar de Cristo no seu coração. Pode ser até que você ame mais a sua igreja, a doutrina da sua igreja, o nome da sua igreja, do que o Senhor Jesus.
Pergunto: Qual deveria ser a nossa primeira preocupação, amar a Jesus ou guardar normas? Às vezes, estamos mais preocupados que os jovens obedeçam as normas e não que amem a Jesus. O interesse de Jesus é diferente: “Dá-Me, filho Meu, o teu coração”, diz Ele enquanto bate à porta do coração humano.
Há algo que nunca deveríamos esquecer: é possível de alguma maneira cumprir normas sem amar Jesus, mas é impossível amar Jesus e deixar de cumprir as normas. Então, qual deveria ser o nosso primeiro interesse, o nosso grande objetivo? Se o ser humano amar a Jesus com todo seu coração, será incapaz de fazer algo que magoe o seu Redentor. Sua vida, em consequência, será uma vida de obediência.
Sabe qual é o nosso grande drama na vida espiritual? Sabe por que não somos felizes na igreja? Falta amor por Cristo. Estamos na igreja porque gostamos dela, a sua doutrina nos convenceu, o pastor fez um apelo irrecusável. Estamos na igreja porque nossos pais querem, ou então, para agradar aos filhos ou a esposa, ou simplesmente porque todo ser humano tem que ter uma religião, mas não porque amamos a Jesus a ponto de dizer: “Eu não posso viver sem Ti”.
- Meu filho – disse-me uma velhinha certo dia – tenho quase 60 anos de casada. Pode perguntar a meu marido e ele dirá que sempre fui uma esposa perfeita. Fiz tudo o que uma boa esposa deve fazer, agi sempre do modo certo, mas, nunca fui feliz.
- Por que? – perguntei.
- Eu não amo meu marido, meu filho. – Foi a resposta.
- Mas, então, por que se casou?
A velhinha emocionou-se ao dizer:
- Nos meus tempos de mocinha a gente não escolhia marido. Eram os pais quem escolhiam marido para a gente. Um dia meu pai disse: “Filha, daqui a dois meses você vai se casar com o filho do meu compadre”. O enxoval foi preparado. A festa ficou pronta e, faltando dois dias para o casamento, conheci meu noivo. Não gostei. Nunca consegui gostar, mas casei porque tinha que obedecer. Fui uma esposa perfeita, mas nunca fui feliz.
Como ser feliz ao lado de alguém que não se ama? O batismo é uma espécie de casamento com Cristo. Muitos cristãos talvez pudessem dizer: “Senhor, estou na igreja, batizado há cinco anos, ou dez, ou quinze anos. Nesse tempo todo, de alguma maneira, cumpri o que a igreja pede. Mas nunca fui feliz.” Por que? Porque não é possível ser feliz ao lado de alguém que não se ama. Conviver ao lado de alguém que se ama já é uma tarefa desafiante, imagine quando não há amor. Nunca poderemos ser felizes estando na igreja porque nascemos nela, ou por causa da pressão social, religiosa ou familiar. Todos os motivos só têm algum sentido quando o grande motivo é o amor por Cristo. Se não for assim, a vida cristã se tornará um “inferno”, um fardo horrível para se carregar. Fazer as coisas só porque estamos batizados, só porque temos que cumprir as normas de uma igreja que assumimos, só para agradar aos homens é a pior coisa que pode acontecer. Sempre estaremos pensando em sair, abandonar tudo, ou então, quando ninguém vê, estaremos fazendo as coisas erradas.
Todas as normas da igreja, todas as coisas que tenhamos que abandonar, tudo que tenhamos que aprender terá algum significado unicamente quando o amor de Cristo constranger nosso ser. A nossa primeira oração não devia ser: “Senhor, ajuda-me a guardar Teus mandamentos”, mas, “Senhor, ajuda-me a amar-Te com todo meu ser”.
O jovem rico partiu triste e não voltou mais. Estava pronto a ser um bom membro de igreja, mas não a entregar o coração ao Mestre.
Alguma vez você já se perguntou porque está na igreja? Você acha que Cristo veio a este mundo para que as igrejas cristãs estivessem cheias de pessoas tentando portar-se bem ou Ele veio para que as pessoas fossem realizadas e felizes?
Neste momento, embora você não possa vê-Lo, Jesus está aí perto de você com os braços abertos dizendo: “Venha a mim, Filho.”
Está você triste? Venha a Jesus. Ele confortará sua alma cansada. Sente-se só? Venha a Jesus. Ele preencherá seu coração de tal maneira que não sentirá mais o frio da solidão. O peso da culpa de algum erro passado o atormenta? Venha a Jesus. Ele morreu para pagar o preço de seus erros e está disposto a dar-lhe hoje a oportunidade de começar uma nova experiência. Não importa quem é você ou como você viva. Não importa seu presente, nem seu passado. Não importa suas virtudes ou defeitos; suas vitórias ou derrotas. Venha a Jesus e lembre-se: Você é a coisa mais linda que Ele tem neste mundo. Ele o ama e deseja fazer parte de sua vida. Está você disposto a abrir-lhe o coração?

Mulheres Cristãs: Ainda solteira aos 30.

Mulheres cristãs, lindas, inteligentes, bem sucedidas em suas carreiras profissionais, independentes, com 30 ou mais de 30 anos e… SOLTEIRAS.


Isso não seria um problema se não fosse cada vez mais latente, nessas mulheres, a necessidade de se ter ao lado um companheiro, alguém com quem dividir a vida e as suas conquistas, ter filhos e constituir uma família. Essa necessidade é extremamente natural e com o passar dos anos a idade começa a se tornar um peso, deixando a necessidade ainda maior. Mas saiba que essa necessidade é uma necessidade divina!
O amor é essencial para a sobrevivência do ser humano e o amor matrimonial é plano de Deus. No Éden, Deus mesmo celebrou solenemente o primeiro casamento. Assim como Adão foi o “filho de Deus”, também, Eva era a filha de Deus; e como Pai dela, estando ela pronta, Deus a levou a Adão e a entregou a ele, como na cerimônia de casamento que conhecemos hoje.
Mas, a pergunta que fica é: por que mulheres com tantas qualidades permanecem solteiras? A resposta que ouvi foi: “Está faltando homem!”. Confesso que essa resposta me fez rir. Eu tenho uma visão um pouco diferente dessa situação e gostaria de compartilhá-la com vocês.
A primeira coisa que precisa ser dita e entendida é que Deus te vê, te conhece e cuida de você. Ele conhece suas qualidades, seus defeitos, seus anseios e satisfações. Ele sabe o que realmente lhe faria feliz ou não e o mais importante, se você está ou não preparada para o casamento.
Pare, pense e responda: AOS OLHOS DE DEUS, você está preparada para o casamento? Note, eu não perguntei se você se considera preparada, ou se acha que está na hora, ou mesmo se daria conta dos afazeres domésticos. Provavelmente, você me responderia que já passou da hora e que se sente preparadíssima. Eu perguntei se você está preparada para o casamento AOS OLHOS DE DEUS.
Muitas bênçãos não nos são concedidas porque não estamos preparadas para recebê-las e o pior, não saberíamos nem mesmo o que fazer com elas. Ao longo de suas vidas a maioria das mulheres que hoje se enquadram na situação abordada se prepararam para serem profissionais bem sucedidas, donas de casa e até mães, mas não se prepararam para serem ESPOSAS. Então, se o seu sonho hoje é constituir uma família, comece hoje a se preparar para ser ESPOSA AOS OLHOS DE DEUS.
A melhor definição de casamento que já li é de um autor desconhecido e diz que o casamento é “a completa dedicação da pessoa no seu todo para alcançar um estilo de vida completo”. Essa definição fica perfeita quando lemos Gênesis 2:24 “tornando-se os dois uma só carne”. Essas palavras expressam de maneira veemente a unidade entre o esposo e a esposa, a unidade de corpos, a comunidade de interesses e a reciprocidade afetiva.
Aí está o segundo ponto a ser entendido. O individualismo vivido até então terá que ser deixado de lado e você precisa estar pronta para isso.
Estude! Dedique-se a entender o que é ser esposa aos olhos de Deus. Prepare-se e entregue suas necessidades e sonhos ao Senhor. Lembrando sempre que “vocês precisam ter paciência para poder fazer a vontade de Deus e receber o que Ele promete.” Hebreus 10:36.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Se eu pudesse voar...


Ah se eu tivesse asas para poder voar
ah se eu tivesse asas para poder voar.
voaria a cidade de encantos
Adornada de lindos jardins.....



   Ah, os poetas sabem o que dizem
   E eu, se pudesse voar levaria até voce um pedacinho de amor, um
cheirinho de chuva, o perfume de uma flor.
   Quisera eu, como uma aguia voar, o céu invadir e no bico  levar um
grão de fé, um cálice de proteção, uma centelha de luz que não se apaga, uma chama de sabedoria infinita.
   Ah, mas quem sou eu?
   Sou apenas uma folha de outono assim como as outras que caem
nesta epoca do ano, cuja raiz é comum à todas as arvores.
   Raiz que sustenta e alimenta,que fortalece e resiste infinitivamente
a tudo. Assim foi no passado e assim é agora, e será desde sempre.
   Podemos estar em  ramos  diferentes,  mas  fazemos  parte dessa mesma àrvore.
   A àrvore da vida, A raiz? JESUS

quarta-feira, 28 de março de 2012

As vezes... ♥


Às Vezes construímos sonhos em cima de grandes pessoas... O tempo passa...e descobrimos que grandes mesmo eram os sonhos e as pessoas pequenas demais para torná-los reais! 


Às vezes é preciso uma decepção, para aprendermos que a vida não é feita apenas de alegria, e sim de tentativas.... A vida é mais simples do que a gente pensa; basta aceitar o impossível, dispensar o indispensável e suportar o intolerável. 



Sabe... Eu não procuro alguém pra pentencer e ter posse, só quero uma fonte segura de amor que não dependa das obrigações, das falas decoradas, dos scripts prontos. Eu sei que eu abri mão de várias oportunidades. Sei que fiz pouco caso do amor que me entregaram de maneira pura e gratuita, só porque eu achava que podia encontrar coisa melhor. Se as pessoas estão sempre indo e vindo, eu só queria alguém minimamente eterno em sua duração, que me fizesse parar de achar normal essa história de perder as pessoas pela vida. 


Não desejo encontrar alguém que me complete. É pouco. Mas que me transborde, até o final cansar e ser só início. <3 

segunda-feira, 26 de março de 2012

A verdadeira fé não estava no tanque.

Paz do senhor meus queridos... ^^

Sabe quando a gente acorda com uma palavra da parte de Deus ardendo no coração. Assim aconteceu comigo hoje. Então, nada melhor que compartilhar com vocês algo que já alguns dias tem me chamado atenção, desde quando conversava com um amigo pelo Facebook, sobre algumas situações difíceis e ele citou o exemplo deste homem para mim, daí então o desejo de conhecê-lo um pouco mais...

Vamos embarcar nessa viagem comigo???
Creio que Deus falará a teu coração.



Jesus, em seu ministério terreno, constantemente surpreendia todos a sua volta com ações que fugiam do óbvio, do esperado, da mediocridade. Um bom exemplo foram os milagres que Jesus operou. Em determinados momentos Jesus era solicitado e operava milagres, em outros, sem que ninguém esperasse, ia até o necessitado e agraciava-lhe. Foi justamente isso que ocorreu junto ao Tanque de Betesda com um paralítico. 

Se observarmos o texto na bíblia em João 5. 1-9  começa dizendo que havia uma festa entre os judeus (provavelmente a Páscoa), e que Jesus subiu a Jerusalém. Nos fala ainda que próximo à Porta das Ovelhas havia um tanque chamado Betesda, que significa “Casa de Misericórdia”. A Bíblia diz tanque, mas também pode ser entendido como uma piscina. Historiadores dizem que o tanque possuía 100 metros de cumprimento, 60 metros de largura e cerca de 10 metros de profundidade.
tanque de Betesda, é um local referido na Bíblia, mencionado somente no Novo Testamento. Neste local muitas pessoas pretendiam obter cura através dos alegados poderes curativos das suas águas. Este reservatório ou tanque de água ficava perto da Porta das Ovelhas, na zona Norte de Jerusalém.
Ao redor deste tanque existiam cinco alpendres ou colunas onde muitos doentes, cegos, coxos, pessoas com os mais diversos tipos de enfermidades, que já haviam buscado todo tipo de recursos, que utilizaram todos os seus haveres e não havia nada que os médicos pudessem fazer para mudar o quadro de suas vidas; e haviam tambem pessoas excluidas da sociedade por não terem condições financeiras para buscar recursos e dependiam quase que exclusivamente de um milagre; e todos se juntavam aguardando que as águas se agitassem.
A necessidade deste povo era muito grande, e também a sua fé; eles acreditavam que um anjo descia e agitava as águas; e a primeira pessoa que ali descia, depois do movimento da água, era curado de qualquer enfermidade que tivesse; todas aquelas pessoas eram necessitadas de uma benção, uma cura, e depositavam a sua fé em um reservatório de água.
É impossível mensurar o número de pessoas ali alojadas no Tanque de Betesda e qual o período de tempo. Mas a Sagrada Escritura fala de um homem paralítico que esperava por seu milagre há trinta e oito anos. Quase quatro décadas marcadas pela incerteza, e, quem sabe, desesperança, devido a tanto tempo de espera sem conseguir o seu milagre junto ao tanque. Parecia que a Casa de Misericórdia não era tão misericordiosa assim. 
Sem falar que era muito difícil para ele buscar uma cura no tanque de água, pois ele era totalmente dependente de outras pessoas, que na maioria das vezes buscavam o mesmo objetivo que ele; e o que acontecia era uma verdadeira competição pois somente a primeira pessoa que ali descia, depois do movimento da água, é que era curado. 
Mas de repente surge no cenário um especialista em misericórdia, a própria misericórdia em pessoa, JESUS CRISTO. Estava presente naquele lugar, e observava toda aquela situação; quantas pessoas doentes, cegos, coxos, necessitavam de um milagre, mas estavam fixados no alvo errado. Jesus estava ali, e Ele queria curar todas aquelas enfermidades, sarar todas as feridas, dar vistas aos cegos; mas ele não era o alvo, ele não era o objetivo daquelas pessoas.
Mas o Seu amor pela vida do homem é imensurável, e não existe como medir a misericórdia do Senhor pela vida do homem, mesmo que Ele não seja o alvo naquele momento, Ele nos ama e quer nos curar, nos salvar, nos libertar.
Jesus vê aquele homem deitado ali no chão, sabendo que a trinta e oito anos ele sofre deste mal, que a cura, a libertação de sua vida não está naquele tanque, mesmo que aquele homem não o conheça, mesmo que não tenha tido uma experiência pessoal; mas o amor e a misericórdia por aquela vida, está presente em Jesus. E Ele pergunta: “Queres ficar são?”
Aquela pergunta deixou o homem maravilhado, talvez ele tenha pensado que Jesus, iria leva-lo ao tanque, mas não foi necessário, pois para o Senhor curar, não é necessário competição para quem chegar primeiro, para o Senhor curar basta o amor D’ele para com as nossas vidas. “Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma o teu leito, e anda.” E aquele homem foi curado.

Sabe o que este milagre nos ensina?

1- Os milagres de Deus não ocorrem por merecimento, e, sim, por vontade soberana de Deus, pela infinita graça. O texto não diz que o paralítico fez campanha, nem mesmo que era um cristão. Diz simplesmente que Jesus se dirigiu a ele e o curou. A iniciativa partiu do próprio Jesus, foi Ele quem viu o paralítico;

2- Jesus perguntou se o homem desejava a cura.  Assim como perguntou a Bartimeu e a outros. Tem que existir o desejo, vontade. Deus dotou o homem da capacidade de decidir e por isso espera que o mesmo use tal privilégio com sabedoria. Se a pessoa não quiser, Deus não o fará forçadamente;

3- Os milagres de Deus não possuem fórmula para acontecerem. Deus age como quer. Se Deus pudesse ser manipulado pelo homem para operar milagres, Ele poderia ser um pseudo-deus, não o Deus onipotente, onisciente e onipresente;

4- O tempo e o dia em que um milagre acontece pertencem a Deus e não ao homem. Deus opera na hora oportuna. Era um sábado, um dia sagrado para os judeus, mas a cura do paralítico, na escala de valores de Jesus, era mais importante, estava acima da religião. Se aquele paralítico estava há 38 anos no Tanque de Betesda, isso significa que quando Jesus nasceu, aquele homem já estava ali. É claro que Deus pode operar imediatamente um milagre àquele que clama em desespero, Ele é Deus e conhece a necessidade de cada um. Mas pode ser que o milagre não ocorra no tempo em que o homem espera. Deus é soberano;

5- Por último podemos entender através desse acontecimento que Deus se importa com o desfavorecido, necessitado e excluído. Caso você esteja entregue à própria sorte como o paralítico, não perca a esperança, Deus pode lhe surpreender e surgir de repente junto ao tanque da sua vida e realizar um milagre em seu favor.

Que cada um de nós, servos do Senhor, herdeiros do trono, filhos amados; possamos colocar sempre o nosso alvo, o nosso objetivo, a nossa esperança, no nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo; pois Ele não mediu esforços para a nossa salvação, Ele deu a sua vida, pagou um alto preço pelos nossos pecados, para que possamos estar ao seu lado na cidade santa celestial.

Assim como Jesus chegou e mudou a vida daquele homem, restaurou os sonhos já frustrados de 38 anos. Ele pode fazer com você que está lendo esse texto também, saiba que os planos de Deus pra tua vida ainda estão de pé, Jesus vai chegar e mudará a tua vida, seus sonhos e planos tornarão realidade, porque assim ele fará ser...


Creia, confie, não desista...
Jesus vai chegar, e quando Jesus chega... ah meu amado, alguma coisa acontece!!! 



Aleluia; Louvado Seja o Nome do Senhor.
  

quinta-feira, 22 de março de 2012

Crise - Tempo de Deus Fazer Milagres

O que é um milagre? Milagre é a intervenção divina numa situação, alterando radicalmente o curso normal da mesma

Milagre não se explica! Milagre se vive! Não tem como você explicar o que Deus vai fazer na sua vida


Condições próprias você não tem! E é por isso que é milagre! Por que se você tiver condições aí não é milagre!

Milagre é quando você faz tudo o que tem que fazer e não da certo, ai entra o agir de Deus e tudo da certo

E! eu quero profetizar pra você no inicio desta mensagem, que o milagre de Deus vai chegar na sua vida! Seu vizinho não vai entender! Seu colega não vai entender! Seu parente não vai entender! Mais que o milagre vai chegar! VAI CHEGAR!

Agora, entenda a maioria dos milagres acontecem em tempos de crise. É no meio as crises que Deus manifestar seu imenso poder, ainda que muita gente não consiga entender nem acreditar.


Quero falar hoje do milagre que aconteceu em Samaria, no meio de uma grande crise Deus fez um grande milagre.


1 - SAMARIA SOFRE UMA GRANDE CRISE

O rei da Síria Ben-Hadade ajuntou seu exercito e cercou Samaria e fechou todas as entradas e saídas da cidade com isso impossibilitou à entrada e saída de transportes de alimentos.

Apesar dos agricultores produzirem comida suficiente para alimentar o povo por um período, o cerco durou vários dias e a fome tomou conta de Samaria

A cidade foi a falência, a inflação foi elevada: "...uma cabeça de jumento por oitenta peças de prata e a quarta parte de esterco de pombas por cinco peças de prata" II Rs.6:25

A fome chegou a um patamar tão grande que 2 mães chegaram ao ponto de cozinhar o filho pra comer 2 Rs 6:26-29


O rei de Israel ficou indignado com aquela situação, mas, não assumiu seu erro de estratégia em fortalecer a cidade e criar novos meios de provisão contra um possível cerco

Antes, procurou um culpado pelo episódio: O profeta Eliseu:- assim me faça Deus e outro tanto, se cabeça de Eliseu filho de Safate, hoje ficar sobre ele v,v 31

Este é o maior problema de muita gente, é só chegar a crise que começa a procurar alguém para jogar a culpa

Muitos se recusam a assumir sua culpa, antes transfere para os outros a causa do seu fracasso:


Lembra de adão e Eva: - a mulher que tu me destes... a serpente me enganou e eu comi...

Ei! No meio da crise não procure culpados! Assuma os seus erros, e procure ajuda naquele que pode fazer milagres em tempo de crise


2 - NO MEIO DA CRISE SEJA UM PROFETA DA PROSPERIDADE

O rei Ben-Hadade enviou um mensageiro ate a casa do profeta Eliseu, Eliseu ao receber o mensageiro do rei, marcou dia e hora para terminar a crise:

" ...assim diz o Senhor, amanhã, quase a este tempo, uma medida de farinha haverá por um siclo, e duas medidas de cevada por um siclo à porta de Samaria" II Rs.7:1
Ei! Quem sabe você esta também passando por uma grande crise, crise financeira, crise familiar, crise no ministério, crise espiritual...etc

Deixa eu te dizer algo neste dia! Ao invés de murmurar, ao invés de ficar lamentando a situação, profetize vitoria na tua vida! Profetize bênção no teu lar! No teu trabalho,
Profetize bênção na tua igreja,! Profetize bênção na tua saúde!

Ei! Não se esqueça e no tempo de crise que Deus faz milagres! Ele só realiza milagres quando eles são necessários, se nesta noite você precisa do milagre, creia que ele vai acontecer na sua vida!


3 - O CAPITÃO DUVIDOU DA PALAVRA DO HOMEM DE DEUS

"Eis que ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, poder-se-ia fazer isso?" 2 Rs 7:2

Para o capitão do exercito da Síria, Deus não iria atropelar o curso normal da situação

Pois o trigo ou a cevada, são semeados, nascem, crescem e frutificam, levando algum tempo para esse processo
Para quem não crê é sempre difícil crer numa intervenção sobrenatural de Deus. O milagre que Eliseu profetizou, seria quase que instantâneo: "amanhã"

Ele não disse: - quando chegar a colheita – daqui a 4 meses – quando o exercito da síria terminar o cerco ele disse "amanha".

Para o capitão, se meios naturais seriam quase que impossíveis quanto mais meios sobrenaturais: "...ainda que o Senhor fizesse janelas no céu..." 


Nunca questione a procedência do milagre, somente aceite, milagre não se explica! Milagre se vive! 


4 - LEPROSOS INTRUMENTOS PARA O MILAGRE DE DEUS

Para realizar o milagre em tempo de crise Deus usou quatro leprosos que estavam fora da cidade

Pessoas que estavam a margem da sociedade, completamente fora do sistema.

A lei de Moises em vigor naquela época era muito rígida com as pessoas leprosas, assim que alguém descobria ser vitima de tal enfermidade era expulso do convívio social, viviam fora da cidade.

Os leprosos não tinham convívio social, Vivia fora da cidade, não tinham convívio familiar: Vivia longe da família, não tinham convívio religioso: não podiam freqüentar a sinagoga

A lepra era uma enfermidade contagiosa por isso Tinham que gritar a uma distância de cem metros: "imundo, imundo...". 


Mas o que nos chama atenção no agir do nosso Deus é que ele não age pela lógica humana, parece que Deus vai à contramão de tudo aquilo que nos pensamos ser o correto.

o agir sobrenatural de Deus neste caso foi algo tremendo! Deus usou pessoas que estavam à margem da história, vivendo crises existenciais, sem nenhuma perspectiva de vida, para realizar o milagre da provisão

Para Deus isso é coisa simples, para nós uma surpresa, mas Ele gosta de nos surpreender. 


- Para transportar Jonas para cidade de Nínive, mandou um grande peixe, quando um navio ou mesmo uma carruagem seria o mais simples.

- Para sustentar Elias durante 3/6 de seca, mandou corvos e uma viúva pobre , quando o mais simples seria pessoas ricas cuidar de seu profeta

- Usou Davi para matar Golias, quando o mais simples seria um bem dotado e treinado exército

- Preparou apenas trezentos homens para Gideão vencer os Midianitas, quando o mais simples seria uma aliança de vários exércitos.

Para fazer o milagre em Samaria usou 4 leprosos, Deus sempre nos surpreende, tem gente passado por grandes crises e esperando um milagre de Deus na sua vida.

Mas, ficam esperando nos grandes homens deste mundo, nos pregadores de renome, no profeta famoso da TV, no dia que tiver uma festa na sua igreja e vier alguém famoso que ora.


Ei! Quem sabe Deus quer usar pra fazer o milagre na sua vida é alguém simples, alguém que esta no anonimato, o menor da casa.

Ele usa quem ele quer, poder ser uma criança, pode ser um analfabeto, pode ser um pessoa pobre de chinelo no pé.

Ei! Pra fazer milagre ele usa até leproso! Sabe por quê? Por que o poder é dele, a gloria é dele, a unção é dele, então ele usa quem quer, na hora que ele quer e da maneira que ele quiser.

O que importa não é o vaso, mais sim o que esta dentro do vaso!

Enquanto a fome assolava Samaria, aqueles 4 leprosos que viviam de fora da cidade tomaram uma decisão: - se entrar-mos na cidade, há fome na cidade e morreremos lá, se ficarmos aqui morreremos aqui, então vamos até o arraial dos Sírios, se nos deixarem viver, viveremos, se nos matarem, tão somente morre remos 2 Rs 7:4


Enquanto aqueles 4 leprosos caminhavam em direção ao acampamento dos Sírios, Deus tornou aos ouvidos dos sírios, os passos dos leprosos como um poderosos exército em marcha.

Agora, imagine comigo, a dimensão deste milagre! 4 leprosos caminhado, famintos, doentes, talvez faltando parte dos pés, dos dedos, caminhado lentamente, talvez até calambeando.

Mas, Deus fez seus passos como trovão, lá no arraial os Sírios, eles ouviram um ruído de um grande exercito com carros cavalos, eles tiveram tanto medo que disseram: - o rei de Israel alugou os exércitos do Egito para pelejar contra nos
Saíram fugindo com medo e deixaram para traz; suas tendas, seus cavalos, suas armas e seus tesouros


5 - POR QUE DEUS USOU 4 LEPROSOS?

Existem pelo menos 2 razoes para Deus ter usado aqueles 4 leprosos para realizar o milagre em meio a grande crise de Samaria

Ele poderia ter usado Eliseu, afinal ele era o profeta daquela época, mas não usou!

Poderia ter usado o rei de Israel, ele era a maior autoridade em Samaria, mas não usou!

Poderia ter usado o capitão com seu exército, mas não usou! Deus preferiu 4 leprosos! Sabe por quê?


1° lugar - por que leprosos não são egoístas

Quando eles chegam no arraial dos Sírios eles tinha fugido desesperados, deixando tudo para traz, eles entraram em uma tenda comeram e beberam, entraram em outra pegaram prata e ouro.

Mas, de repente caíram em si e disseram: - não fazemos bem, hoje é dia de boas novas e nós nos calamos... 2 Rs7:9

Em outras palavras: - está errado o que estamos fazendo. Lá em Samaria, nossos parentes, nossos amigos, nossos irmãos estão morrendo de fome e nós aqui comendo a vontade enquanto isso acontece.

Embora eles tenha nos desprezado, embora eles tenham nos expulsado por causa da nossa lepra, nós não podemos ficar calados, hoje é dia de boas novas!

Ei! Deixa eu te dizer algo nesta noite! Embora o mundo nos despreze, embora o mundo nos odeie, mesmo assim devemos continuar pregando, dizendo que hoje é dia de Boas Novas, isto é compartilhar o que Deus tem feito por nós.

Os leprosos no meio da crise encontraram no arraial dos Sírios comida e bebida, e isto mudou a vida deles e nos no meio do arraial deste mundo encontramos Jesus e a nossa vida foi mudada,Istoé boas novas


2° lugar - os leprosos reconhecem o tempo de Deus

Os 4 leprosos reconheceram que no tempo de Deus, não existe lugar para isso: "...se esperarmos até a luz da manhã, algum mal nos sobrevirá, pelo que vamos agora e anunciemos a casa do rei."II Rs 7:9

A melhor coisa é estarmos dentro do tempo (kairós) de Deus, e o tempo de Deus para nós é agora.

Não espere pelo amanha, não deixe para depois, anuncie hoje: o milagre de Deus acontece em tempos de crise


Conclusão:

O capitão do exército de Israel não creu que Deus podia fazer um grande milagre no meio daquela tão grande crise.

Ele acabou morrendo atropelado pelo próprio milagre 2 Rs 7:19-20 viu o milagre acontecendo mais não desfrutou dele.

Ei! Não duvide do poder de Deus! É justamente no meio das crises que o milagre acontece, muitos estão morrendo no meio da bênção, vendo; porém sem desfrutar dela

Mais que não seja assim com você, por mais que as coisas estejam difíceis creia em Deus e no seu Poder, Ele vai transformar sua crise em um grande milagre, e fazer de você mais que vencedor em Cristo Jesus.