terça-feira, 17 de julho de 2012

Asafe, o homem de quem Deus se apoderou.



Asafe era diretor de música nos dias de Davi e Salomão. Crente no Senhor, compôs 12 hinos que passaram a fazer parte dos Salmos. Da sua experiência com o Senhor, podia dizer "com efeito, Deus é bom". Porém, durante uma fase de sua caminhada com o Senhor, enfrentou uma crise espiritual muito grande, a ponto de declarar "quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos". Como Asafe, você pode estar vivendo momentos de dúvidas e quem sabe até tenha pensado em se afastar dos caminhos do Senhor. Vendo o que levou esse levita à beira do precipício e como ele saiu de sua crise espiritual, você descobrirá que mesmo em meio a lutas, vale a pena servir ao Senhor. =D





Bom mais vamos começar conhecendo mais um pouco da vida deste grande homem chamando Asafe.
Quem era Asafe? Um judeu, da tribo de Levi, e músico por vocação e deleite. Seus instrumentos preferidos: a harpa, o alaúde e o címbalo, todos muito antigos. Nas suas apresentações usou com mais frequência os címbalos sonoros e os címbalos retumbantes, instrumentos de percussão compostos geralmente de dois discos de metal, que têm no centro uma pequena cavidade para aumentar a sonoridade. Foi designado músico e cantor pelos levitas, que tinham sob sua responsabilidade os serviços religiosos de Jerusalém. Participou do magnífico cortejo musical que levou a Arca do Senhor da casa de Obede-Edom para a tenda armada pelo rei Davi. Naquele dia o rei o descobriu e fez dele ministro de música. Porque também era músico exímio tocador de harpa e profícuo compositor de salmos , Davi deu grande ênfase à música de adoração, como expressão de louvor a Deus. Ele fazia questão de que se levantasse a voz com alegria e reservava a si a supervisão geral de toda atividade litúrgica. Eram 4 mil levitas, que, em 24 turnos, louvavam continuamente o Senhor com instrumentos fabricados por ordem do rei para esse fim. A maior parte era formada de iniciantes, que aprendiam música com os mais competentes. Era uma verdadeira escola de música sacra. Seus filhos faziam parte do corpo docente 288 mestres ao todo. Os filhos de Asafe escreveram doze dos 150 salmos que estão na Bíblia (os onze primeiros do livro terceiro e o salmo 50).


De todos os 12 Salmos de Asafe, houve que um que ao lê-lo me chamou bastante atenção. Então nesta pequena mensagem quero explicar com mais detalhes a crise que vivenciou e da qual ele fala no salmo 73... ^^


I. Asafe dentro da crise


Como Rui Barbosa, “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus”, Asafe chegou a desanimar da virtude. E esse desânimo o levou a uma terrível crise existencial. Quase resvalaram os seus pés em direção ao abismo da incredulidade.(v.2) Pouco faltou para que ele rompesse com a idéia de um Deus sábio, bom e justo, e jogasse fora a rica tradição religiosa até então acumulada. Esteve bem perto de uma violenta mudança de pensamento e de comportamento. Quase trocou os oráculos de Deus pelo horóscopo. Quase trocou o templo do Senhor por um terreiro de macumba. Quase mandou tudo para o inferno, inclusive sua alma!


Seu problema é que ele passou a ter inveja dos pecadores. Ele dizia: “eu também sou como eles, sujeito aos mesmos sentimentos e paixões. Por uma questão de princípios e pelo temor do Senhor, eu abortava na fonte os desejos pecaminosos”:


Quantas vezes desejei vingar-me,

Quantas vezes fui açoitado pela ira,

Quantas vezes quis projetar-me,

Quantas vezes fui assaltado pelo egoísmo,

Quantas vezes a falta de recato da mulher alheia me atiçou a lascívia,

Quantas vezes senti desânimo e preguiça.

Mas o amor a Deus falou mais alto,

Meu coração guardei puro,

Resisti os maus desígnios,


No entanto o salmista ofereceu forte resistência a todos esses sentimentos e deles se privou por amor do Senhor e por causa de seu nome. De repente se sente frustrado e se pergunta: “Será que foi à toa que eu me esforcei para não pecar e permanecer puro?”.


Pois, enquanto ele crucificava a sua carne, os pecadores pareciam livres, desinibidos, evoluídos, descomplexados, bem-sucedidos, felizes, seguros, altivos e tranqüilos. O que mais o desnorteou foi a falsa impressão de que seu zelo não lhe rendia nada. Ele pensava: “Deus não me trata de modo todo especial”. “Ele não me poupa das intempéries, do cansaço, da aflição, da doença nem da disciplina em caso de erro, por menor que seja”. Outra coisa que machucava o salmista era a popularidade dos pecadores e o seu anonimato.


A crise que a que foi acometido não foi brincadeira. Demorou algum tempo e o desgastou muito. Tentou descobrir o que estava acontecendo, mas em só refletir para compreender isso, achou mui pesada tarefa para ele. Até que um dia Asafe entrou no santuário de Deus e compreendeu o fim último dos ímpios pecadores que ele estava invejando.


II. Asafe dentro do templo


Dentro do templo é outra coisa. Dentro do templo sua vida ganha outra dimensão. O que acontece dentro do templo?

Ganha-se, ou recobra-se, como foi no seu caso, a perspectiva cristã da vida, que envolve o tempo presente e a eternidade.

Renova-se a fé na existência e no caráter de Deus. Chega-se outra vez aos seus atributos invisíveis. Ele é eterno, imensurável, incompreensível, onipotente e também supremamente sábio, clemente, justo e verdadeiro.

Dentro do templo eu me senti orgulhoso, desrespeitoso e insolente por haver duvidado da justiça de Deus para comigo e para com os pecadores.

Percebi que eu havia retirado o meu voto de confiança em Deus e por isso estava perplexo.

Dentro do templo sua alma se abre e é derramada perante o Senhor a sua ansiedade, a sua aflição, a sua dúvida, a sua revolta.

Então Asafe começa a entender e ver com clareza. No templo ele se lembra, quem sabe, do salmo de Davi: “Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniqüidade” (Sl 37.1). Tivesse ele memorizado melhor esse salmo, a crise teria sido mais passageira, pois o ímpio prepotente nesta vida se expande qual cedro do Líbano (v.35), mas será como o viço das pastagens: será aniquilado e se desfará em fumaça (v.20). Nada teria acontecido ao Asafe se não tivesse perdido a certeza de que “mais vale o pouco do justo que a abundância de muitos ímpios” (v.16). Tão perto dele, tão freqüentemente em seus lábios, por que razão deixou o salmista escapar o ensino e o conforto deste salmo e não o aplicou a si mesmo?


Ainda dentro do templo Asafe percebeu que o desastre ocorreu quando a crença tradicional na justiça divina começou a ser abalada em sua mente. Se há algo que precisa permanecer intocável é exatamente a certeza de que Deus “é recompensador dos que o buscam, mas justíssimo e terribilíssimo em seus juízos, odeia todo o pecado e de modo algum terá por inocente o culpado”.


Você trocaria uma vida na presença de Deus e uma eternidade na glória por prosperidade material na terra e uma eternidade no inferno? Tenho certeza que não, logo, não há motivo para você duvidar da bondade de Deus e menos ainda para invejar a sorte dos que seguem a maldade.


Conclusão:

Quando o salmista Asafe sai do templo estava refeito, curado, revivificado, alegre e disposto, e, ao mesmo tempo, solícito em alimentar-se da verdade, como ensina Davi ainda no salmo 37 (v.3). Toda a mágoa desapareceu. Dizia ele: “Os pecadores continuam a se afastar do Senhor; mas..., quanto a mim, bom é estar junto a Deus: no Senhor ponho o meu refúgio, para proclamar todos os seus feitos, em prosa e em verso, com címbalos retumbantes e com címbalos sonoros, entre gritos de alegria e louvor eu, que quase troquei a música de adoração pela música profana! Graças a Deus não me tornei pedra de escândalo para os meus 4 mil instrumentistas e cantores e toda a nação de Israel!”


Que essa experiência de Asafe fale ao seu coração e lhe transmita ensinamentos para a sua caminhada com Jesus!

sábado, 7 de julho de 2012

Perdido dentro da Igreja.



Entrou na sala sem bater e jogou-se na cadeira em frente da minha mesa. Suava. Era evidente que estava nervoso.
-Jordan, estou perdido! – disse sem rodeios. Apenas três palavras. Seria desnecessário dizer mais para descrever a tragédia de uma alma em conflito. Podia aceitar essa declaração de qualquer outra pessoa, não daquele rapaz. Eu o conhecia muito bem: era um jovem exemplar, um fiel membro da igreja. Mas estava ali, com os olhos lacrimejantes repetindo:
-Pode crer, Jordan, estou perdido! Sou cristão de berço. Todo mundo acha que sou um bom membro da igreja. Meus pais acreditam que sou um filho maravilhoso. Os membros da igreja acham que sou um jovem consagrado. Eles até me nomearam Diretor dos Jovens. Muitas vezes ouço os pais dizendo a seus filhos: “Gostaria que você fosse como aquele rapaz!” Todos acham que sou um modelo de cristão, mas não é verdade pastor, eu sou uma miséria. Acabo de fazer algo horrível e não é a primeira vez. Fiquei desesperado, angustiado como das outras vezes. Tive vontade até de morrer. Eu não sou o que todos pensam que sou.
Tentei dizer alguma coisa, mas ele cortou:
- Eu não quero ser assim Jordan, eu quero ser um cristão de verdade, mas não consigo. Tenho lutado tantas vezes, tenho me esforçado, mas sempre acabo derrotado.
Doeu-me ver assim aquele jovem.
- O senhor está desapontado comigo, não está? – perguntou depois, com ansiedade.
Desapontado? Eu tinha era um nó na garganta. Procurei esconder minha tristeza, minha dor, porque na realidade o drama não era só daquele jovem. Eu sabia que muitos jovens da igreja também vivem essa triste realidade. “Jordan, estou perdido!” Perdido? Sim, perdido dentro da igreja.
É possível estar perdido dentro da igreja? Infelizmente é, sim. Existem os que, como no caso desse jovem, estão perdidos fazendo coisas erradas enquanto ninguém vê, mas existe outra classe de perdidos: aqueles que fazem tudo direito, cumprem aparentemente tudo que a igreja pede, vivem preocupados com detalhes de regulamentos e normas, mas estão igualmente perdidos.
Há um texto bíblico que fala do jovem rico. “E, pondo-se a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele, lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? E Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? ninguém há bom senão um, que é Deus. Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falsos testemunhos; não defraudarás alguém; honra a teu pai e a tua mãe. Ele porém, respondendo lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade. E Jesus olhou para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-os aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, segue-me. Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuia muitas propriedades” (S. Marcos 10:17 a 22).
O jovem rico era um rapaz como qualquer jovem da igreja de hoje. Era membro de uma congregação cujos líderes se preocupavam muito com normas, leis e regulamentos. “Não pode fazer isto”. “Não pode fazer aquilo”. “Fazer isto é pecado”. “Fazer aquilo também é pecado”. Aquele jovem cresceu tendo um conceito errado de Deus. Imaginava-O sentado no Seu trono de justiça, ditando regras, com o rosto sério e uma vara na mão, pronto para castigar o desobediente. Desde pequeno seus pais e os líderes da igreja exigiram o fiel cumprimento de todas as normas. Eram líderes preocupados com a imagem da igreja. O que realmente importava para eles era que as pessoas cumprissem as normas, que fossem bons membros de igreja e nada mais. O jovem rico aprendeu desse modo a cumprir todas as normas e leis. Aparentemente era um jovem bem comportado, ativo na igreja, participava das programações e cultos, podia ser apontado como exemplo para outros, mas alguma coisa estava errada: não era feliz, tinha a sensação de que estava perdido apesar de cumprir tudo. Certo dia anunciaram a chegada de Jesus à sua cidade. A história está registrada no capítulo 10 de São Marcos. Os líderes da igreja, ainda preocupados somente com o cumprimento rígido das leis, foram os primeiros a sair ao encontro de Jesus. O registro sagrado narra assim: “E, aproximando-se dele os fariseus, perguntaram-lhe, tentando-o: É lícito ao homem repudiar sua mulher?” (Marcos 10:2). Você percebe a inquietude daqueles líderes? Sua grande preocupação era apenas com os detalhes.
Seria possível que hoje os líderes também caiam no mesmo erro? “É pecado cortar o cabelo?” “É pecado orar assentado?” “É pecado ter um pátio de recreações ao lado do templo?” “É pecado ir à praia?”
O Senhor Jesus não se deteve muito tempo a discutir com eles. Dirigiu-Se aonde estava um grupo de crianças, colocou-as no colo, com amor acariciou-lhes a cabecinha e beijou-lhes os rostinhos inocentes. O jovem rico ficou emocionado ao ver aquele quadro. Ele nunca poderia imaginar que Jesus fosse capaz de beijar e fazer um carinho. Não era essa a imagem que ele tinha aprendido acerca do Filho de Deus. Pela primeira vez na vida teve vontade de abrir o coração a alguém. Correu quando Jesus já estava saindo da cidade, ajoelhou-se perante Ele e disse: “…Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” (Marcos 10:17).
Ele estava dizendo na realidade: “Bom Mestre, que farei para ser salvo? Eu sinto que estou perdido. Não tenho certeza da salvação.”
Por que? Acaso não era um bom membro da igreja? Não cumpria todas as normas? Ah! meu amigo, cumprir mandamentos nunca foi sinônimo de salvação. Ser um bom membro de igreja não quer dizer estar salvo.
É, de algum modo, possível obedecer a tudo e estar completamente perdido. Perdido, dentro da igreja!
O Senhor Jesus tentou levar o jovem do conhecido ao desconhecido. O jovem conhecia a letra da lei, as normas, os regulamentos e Jesus lhe disse: “Tu sabes os mandamentos…” (Marcos 10:19).
Este foi um tratamento de choque. “Ele, porém, respondendo, lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade” (Marcos 10:20).
…Mas a angústia não desaparece, o desespero aumenta, a sensação de estar perdido é cada vez maior”. Jesus olhou para ele com ternura e o amou.
Sabe? Jesus também ama você. Não importa se você é pobre ou rico, se é preto ou branco, se é feio ou bonito. Ele o ama. Ele o compreende. Isso é o que diz a Bíblia. Você é a coisa mais importante para Deus, não importa o momento que esteja vivendo. Você, com suas lutas, com seus fracassos, com seus conflitos, com suas dúvidas e incertezas; você com suas deformações de caráter, com seu temperamento irascível, é objeto de todo amor e carinho de Deus. Pode ser que em algum momento de sua vida você sinta que ninguém gosta de você, que seus pais não o compreendem, que seus professores não reconhecem seu valor, que a vida lhe negou as oportunidades que deu a outros, que o mundo inteiro não o aceita. Pode até ser que você não goste de você mesmo. Tudo isso pode, de algum modo, ser verdade, mas Deus gosta de você, Ele o compreende. Neste momento, tenha certeza de que Ele está bem perto de você, pronto a ajudá-lo, a socorrê-lo, a valorizá-lo.
Lá na Judéia, além do Jordão, séculos atrás, Cristo olhou com amor o jovem rico. Viu seus conflitos internos, suas lutas, suas angústias. Viu sua desesperada situação: perdido dentro da igreja, perdido cumprindo todos os mandamentos, perdido obedecendo a todas as normas. “Sabe qual é seu problema, filho?” – disse Jesus – “apenas um: você não Me ama. Em seu coração não há lugar para Mim, em seu coração só há lugar para o dinheiro. Você está disposto a guardar mandamentos, mas você não Me ama, e enquanto não Me amar Eu não aceito nada de você. Não adianta guardar mandamentos, cumprir normas, obedecer regulamentos; se você não Me amar, nada disso tem sentido e você continuará com essa horrível sensação, com esse vazio na alma. Vamos fazer uma coisa, Meu querido filho, você agora vai para casa, tira do coração o amor às coisas deste mundo, coloca-Me como o centro de sua vida, então venha e siga-Me”. A Bíblia diz que o jovem, “…pesaroso desta palavra, retirou-se triste…” (Marcos 10:22).
Que tragédia! Estava mais pronto a guardar mandamentos do que amar o Senhor Jesus. Por quê? Talvez porque é mais fácil aparentar que se é bom do que entregar o coração a Deus.
É possível que você esteja pensando: “Felizmente eu não tenho riquezas”. Pode ser. Mas, às vezes, não precisamos ter riquezas para destronar Jesus do coração. Seria possível você amar mais um artista de televisão do que Jesus. Um esporte, uma namorada, uma profissão, os estudos, coisas até boas, mas que podem ocupar o lugar de Cristo no seu coração. Pode ser até que você ame mais a sua igreja, a doutrina da sua igreja, o nome da sua igreja, do que o Senhor Jesus.
Pergunto: Qual deveria ser a nossa primeira preocupação, amar a Jesus ou guardar normas? Às vezes, estamos mais preocupados que os jovens obedeçam as normas e não que amem a Jesus. O interesse de Jesus é diferente: “Dá-Me, filho Meu, o teu coração”, diz Ele enquanto bate à porta do coração humano.
Há algo que nunca deveríamos esquecer: é possível de alguma maneira cumprir normas sem amar Jesus, mas é impossível amar Jesus e deixar de cumprir as normas. Então, qual deveria ser o nosso primeiro interesse, o nosso grande objetivo? Se o ser humano amar a Jesus com todo seu coração, será incapaz de fazer algo que magoe o seu Redentor. Sua vida, em consequência, será uma vida de obediência.
Sabe qual é o nosso grande drama na vida espiritual? Sabe por que não somos felizes na igreja? Falta amor por Cristo. Estamos na igreja porque gostamos dela, a sua doutrina nos convenceu, o pastor fez um apelo irrecusável. Estamos na igreja porque nossos pais querem, ou então, para agradar aos filhos ou a esposa, ou simplesmente porque todo ser humano tem que ter uma religião, mas não porque amamos a Jesus a ponto de dizer: “Eu não posso viver sem Ti”.
- Meu filho – disse-me uma velhinha certo dia – tenho quase 60 anos de casada. Pode perguntar a meu marido e ele dirá que sempre fui uma esposa perfeita. Fiz tudo o que uma boa esposa deve fazer, agi sempre do modo certo, mas, nunca fui feliz.
- Por que? – perguntei.
- Eu não amo meu marido, meu filho. – Foi a resposta.
- Mas, então, por que se casou?
A velhinha emocionou-se ao dizer:
- Nos meus tempos de mocinha a gente não escolhia marido. Eram os pais quem escolhiam marido para a gente. Um dia meu pai disse: “Filha, daqui a dois meses você vai se casar com o filho do meu compadre”. O enxoval foi preparado. A festa ficou pronta e, faltando dois dias para o casamento, conheci meu noivo. Não gostei. Nunca consegui gostar, mas casei porque tinha que obedecer. Fui uma esposa perfeita, mas nunca fui feliz.
Como ser feliz ao lado de alguém que não se ama? O batismo é uma espécie de casamento com Cristo. Muitos cristãos talvez pudessem dizer: “Senhor, estou na igreja, batizado há cinco anos, ou dez, ou quinze anos. Nesse tempo todo, de alguma maneira, cumpri o que a igreja pede. Mas nunca fui feliz.” Por que? Porque não é possível ser feliz ao lado de alguém que não se ama. Conviver ao lado de alguém que se ama já é uma tarefa desafiante, imagine quando não há amor. Nunca poderemos ser felizes estando na igreja porque nascemos nela, ou por causa da pressão social, religiosa ou familiar. Todos os motivos só têm algum sentido quando o grande motivo é o amor por Cristo. Se não for assim, a vida cristã se tornará um “inferno”, um fardo horrível para se carregar. Fazer as coisas só porque estamos batizados, só porque temos que cumprir as normas de uma igreja que assumimos, só para agradar aos homens é a pior coisa que pode acontecer. Sempre estaremos pensando em sair, abandonar tudo, ou então, quando ninguém vê, estaremos fazendo as coisas erradas.
Todas as normas da igreja, todas as coisas que tenhamos que abandonar, tudo que tenhamos que aprender terá algum significado unicamente quando o amor de Cristo constranger nosso ser. A nossa primeira oração não devia ser: “Senhor, ajuda-me a guardar Teus mandamentos”, mas, “Senhor, ajuda-me a amar-Te com todo meu ser”.
O jovem rico partiu triste e não voltou mais. Estava pronto a ser um bom membro de igreja, mas não a entregar o coração ao Mestre.
Alguma vez você já se perguntou porque está na igreja? Você acha que Cristo veio a este mundo para que as igrejas cristãs estivessem cheias de pessoas tentando portar-se bem ou Ele veio para que as pessoas fossem realizadas e felizes?
Neste momento, embora você não possa vê-Lo, Jesus está aí perto de você com os braços abertos dizendo: “Venha a mim, Filho.”
Está você triste? Venha a Jesus. Ele confortará sua alma cansada. Sente-se só? Venha a Jesus. Ele preencherá seu coração de tal maneira que não sentirá mais o frio da solidão. O peso da culpa de algum erro passado o atormenta? Venha a Jesus. Ele morreu para pagar o preço de seus erros e está disposto a dar-lhe hoje a oportunidade de começar uma nova experiência. Não importa quem é você ou como você viva. Não importa seu presente, nem seu passado. Não importa suas virtudes ou defeitos; suas vitórias ou derrotas. Venha a Jesus e lembre-se: Você é a coisa mais linda que Ele tem neste mundo. Ele o ama e deseja fazer parte de sua vida. Está você disposto a abrir-lhe o coração?

Mulheres Cristãs: Ainda solteira aos 30.

Mulheres cristãs, lindas, inteligentes, bem sucedidas em suas carreiras profissionais, independentes, com 30 ou mais de 30 anos e… SOLTEIRAS.


Isso não seria um problema se não fosse cada vez mais latente, nessas mulheres, a necessidade de se ter ao lado um companheiro, alguém com quem dividir a vida e as suas conquistas, ter filhos e constituir uma família. Essa necessidade é extremamente natural e com o passar dos anos a idade começa a se tornar um peso, deixando a necessidade ainda maior. Mas saiba que essa necessidade é uma necessidade divina!
O amor é essencial para a sobrevivência do ser humano e o amor matrimonial é plano de Deus. No Éden, Deus mesmo celebrou solenemente o primeiro casamento. Assim como Adão foi o “filho de Deus”, também, Eva era a filha de Deus; e como Pai dela, estando ela pronta, Deus a levou a Adão e a entregou a ele, como na cerimônia de casamento que conhecemos hoje.
Mas, a pergunta que fica é: por que mulheres com tantas qualidades permanecem solteiras? A resposta que ouvi foi: “Está faltando homem!”. Confesso que essa resposta me fez rir. Eu tenho uma visão um pouco diferente dessa situação e gostaria de compartilhá-la com vocês.
A primeira coisa que precisa ser dita e entendida é que Deus te vê, te conhece e cuida de você. Ele conhece suas qualidades, seus defeitos, seus anseios e satisfações. Ele sabe o que realmente lhe faria feliz ou não e o mais importante, se você está ou não preparada para o casamento.
Pare, pense e responda: AOS OLHOS DE DEUS, você está preparada para o casamento? Note, eu não perguntei se você se considera preparada, ou se acha que está na hora, ou mesmo se daria conta dos afazeres domésticos. Provavelmente, você me responderia que já passou da hora e que se sente preparadíssima. Eu perguntei se você está preparada para o casamento AOS OLHOS DE DEUS.
Muitas bênçãos não nos são concedidas porque não estamos preparadas para recebê-las e o pior, não saberíamos nem mesmo o que fazer com elas. Ao longo de suas vidas a maioria das mulheres que hoje se enquadram na situação abordada se prepararam para serem profissionais bem sucedidas, donas de casa e até mães, mas não se prepararam para serem ESPOSAS. Então, se o seu sonho hoje é constituir uma família, comece hoje a se preparar para ser ESPOSA AOS OLHOS DE DEUS.
A melhor definição de casamento que já li é de um autor desconhecido e diz que o casamento é “a completa dedicação da pessoa no seu todo para alcançar um estilo de vida completo”. Essa definição fica perfeita quando lemos Gênesis 2:24 “tornando-se os dois uma só carne”. Essas palavras expressam de maneira veemente a unidade entre o esposo e a esposa, a unidade de corpos, a comunidade de interesses e a reciprocidade afetiva.
Aí está o segundo ponto a ser entendido. O individualismo vivido até então terá que ser deixado de lado e você precisa estar pronta para isso.
Estude! Dedique-se a entender o que é ser esposa aos olhos de Deus. Prepare-se e entregue suas necessidades e sonhos ao Senhor. Lembrando sempre que “vocês precisam ter paciência para poder fazer a vontade de Deus e receber o que Ele promete.” Hebreus 10:36.